Os portugueses consideram que os cientistas devem ser mais ouvidos em matérias como as alterações climáticas (64,8%), energias renováveis (58,6%) e o desenvolvimento sustentável (53,6%), segundo um inquérito divulgado esta quarta-feira pela OCDE.

Para a maioria dos inquiridos (52,2%), o grau de envolvimento dos cientistas na decisão política é “baixo ou inexistente”, lê-se num documento divulgado pelo PlanAPP — Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública sobre o inquérito da OCDE.

O inquérito sobre a confiança dos cidadãos no Governo e nas instituições públicas apresenta Portugal “em sintonia” com os restantes países, de uma forma geral.

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Porém, os portugueses apresentam níveis de confiança mais baixos em relação a algumas instituições públicas, nomeadamente, a Administração Pública (Portugal 54,2%, restantes países 63%) e em relação aos tribunais (Portugal 42,1%, restantes países 56,9%), de acordo com os resultados apurados a partir dos dados de cada país.

A polícia surge como a instituição mais confiável (Portugal 71,8%, restantes países 67,1%) e os partidos políticos como os menos confiáveis (Portugal 20,9%, restantes países 24,5%).

A confiança dos portugueses na comunicação social distingue-se pela positiva (Portugal 48,3%, restantes países 38,8%).

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“No que diz respeito aos fatores determinantes da confiança na governança pública, a confiabilidade é o valor que reúne mais expectativas positivas (Portugal 53,9%, restantes países 47,7%) e a integridade o que concentra mais expectativas negativas (Portugal 29,6%, restantes países 37,6%), sendo os políticos o grupo com a avaliação mais negativa”.

Apenas 27,0% dos inquiridos considerou provável que os políticos recusem ofertas de “portas giratórias” em troca de favores políticos.

O inquérito abrangeu 22 países e mais de 50.000 pessoas.