As autoridades continuam a alertar para cuidados máximos e seis dos 18 distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho. O ministro da Administração Interna considera que o país tem um “grau de eficácia de 90%” uma vez que os incêndios são extintos “em menos de 90 minutos”.

Depois de se saber que o estado de contingência será mesmo prolongado, com nova avaliação marcada para domingo, fica aqui um ponto de situação com os principais desenvolvimentos do combate aos incêndios em Portugal.

 Esta sexta-feira, 2.697 bombeiros apoiados por 815 viaturas e um 34 meios aéreos combatiam 67 incêndios — 22 em curso, nove em fase de resolução e 26 em conclusão.

Beja, Évora e Portalegre eram os únicos distritos sem registo de incêndios rurais ativos. Leiria é o distrito que mobiliza mais operacionais.

No distrito de Leiria, sete incêndios mobilizam cerca de 400 bombeiros, ainda assim muito menos na tarde desta sexta-feira do que nos últimos dias.

Também no distrito do Porto esta sexta-feira se encontra concentrado um grande número de operacionais. São 397 homens no terreno, apoiados por cinco meios aéreos. No incêndio que deflagrou em Baião há 264 operacionais, 80 viaturas e cinco meios aéreos.

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Em Faro, o incêndio que já tinha sido dado como estando em resolução reacendeu-se e estava ao início da tarde a aproximar-se uma uma zona residencial. Segundo a página da Proteção Civil, 226 operacionais estão no terreno, assim 82 meios terrestres e quatro meios aéreos.

Segundo dados do Ministério da Justiça, há neste momento crítico de incêndios 12 incendiários em prisão domiciliária que só poderão sair depois do verão.

Há 12 incendiários presos em casa durante período crítico de incêndios

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que a ausência de deslocação ao terreno é “escolha própria”. “É menos mediático, admito. Mas a lição é que tem sido bom porque havia depois uma dispersão de atenção para quem estava no combate aos incêndios”, explicou o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, visitaram no hospital de São José o bombeiro Rui Cruz, chefe da corporação do Pinhal Novo, que ontem ficou ferido no incêndio em Palmela.

O ministro da Administração Interna disse que os “meios estão a operar dia e noite” para combater os incêndios, com um avião da Força Aérea a “sobrevoar o país” em articulação com a GNR.

A GNR esclareceu que a situação vivida na quarta-feira por vários condutores que tiveram de fugir das chamas quando circulavam nas Autoestradas A1, A25 e A29, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, resultou da “evolução repentina do fogo”.

A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, deixou uma palavra de solidariedade para as populações que estão a sofrer com a vaga de incêndios que afeta o país e lembrou a emergência climática.

A Proteção Civil revelou que de 8 a 14 de julho foram registadas 9.098 ocorrências. Segundo o comandante nacional André Fernandes participaram nestas ocorrências mais de 33 mil operacionais, apoiados por oito mil veículos.

Patrícia Gaspar revelou que o Governo sinalizou “junto da União Europa” a “disponibilidade e interesse em adquirir um conjunto de dois aviões Canadair”, que custam entre 25 e 30 milhões. A secretária de Estado da Administração Interna revelou ainda que “quem coordena e faz os contratos de aluguer é a Força Aérea portuguesa” que anualmente gasta “em média 50 milhões de euros” com os meios aéreos.

O Chega prometeu insistir, sem dizer como, que o debate de urgência, no parlamento, sobre os incêndios no país se realize na sexta-feira ou na segunda-feira.