Efetivos militares de Timor-Leste e dos Estados Unidos da América iniciaram esta segunda-feira o exercício militar conjunto Dalan ba Dame 22 (Caminho para a Paz), que decorre até ao final do mês na região de Baucau.

Com a participação de cerca de 50 militares norte-americanos e uma centena de efetivos das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), o exercício que decorre até 28 de julho pretende “reforçar as capacidades de interoperabilidade através de treino e intercâmbio cultural”, segundo um comunicado.

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A formação inclui intercâmbios de especialistas e sessões de trabalho de desenvolvimento profissional, “que se focam em competências básicas de infantaria, tais como patrulha, navegação terrestre e habilidades de sobrevivência na selva”.

“O exercício Dalan ba Dame é um exemplo importante de como os Estados Unidos e Timor-Leste estão a aprofundar a nossa parceria duradoura“, disse o sub-responsável interino da missão dos EUA em Timor-Leste, Roy Srinivasan, na cerimónia de abertura do exercício.

“Os Estados Unidos orgulham-se de se associar às F-FDTL para desenvolver a capacidade de Timor-Leste para a segurança marítima, a ajuda humanitária e a resposta a desastres“, explicou.

O exercício, explica a missão dos EUA, “baseia-se na crescente parceria EUA-Timor-Leste e avança a cooperação em matéria de segurança em apoio a uma região livre e aberta do Indo-Pacífico”.

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No quadro da parceria entre os dois países nesta matéria, os Estados Unidos apoiaram recentemente algumas obras de recuperação do aeroporto de Baucau, a segunda maior cidade timorense, num projeto avaliado em cerca de 10 milhões de dólares (9,9 milhões de euros) e que inclui o fornecimento de um avião Cessna para patrulhamento marítimo.

“Com a criação de uma componente aérea, o projeto ajudará as F-FDTL e o governo timorense a monitorizar melhor o seu território marítimo, a prestar assistência humanitária e a promover o desenvolvimento económico”, sublinha a missão dos EUA.

Além do exercício em Baucau, os Estados Unidos realizam três outros exercícios militares anuais com as F-FDTL, acolhendo vários militares timorenses nos Estados Unidos para formação militar profissional e em língua inglesa.

Paralelamente, equipas dos Seabees, o batalhão de construção da Marinha dos EUA, construíram ou reabilitaram mais de 100 clínicas e escolas em Timor-Leste, completando projetos avaliados em mais de 50 milhões de dólares (49,5 milhões de euros) nos últimos 10 anos.