Pelo menos 13 presos morreram e outras dois ficaram feridos na segunda-feira, durante confrontos na prisão de Bellavista, na cidade de Santo Domingo de los Tsáchilas, no centro-norte do Equador, avançaram as autoridades penitenciárias.

Numa nota publicada na rede social Twitter, o Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade equatoriano (SNAI) disse que conseguiu retomar o controlo da prisão, com a ajuda da polícia e das forças armadas.

O Ministério Público do Equador já iniciou uma investigação sobre os confrontos, nos quais algumas das vítimas terão sido desmembradas e decapitadas, segundo imagens que circulam nas redes sociais.

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Familiares das vítimas dizem que os confrontos começaram num setor de “segurança mínima”, atacado por presos de uma outra secção.

A Secretaria de Direitos Humanos do Equador disse estar a dar apoio psicológico aos familiares.

Esta é a segunda vez que se verificam confrontos mortais este ano na prisão de Santo Domingo, a cerca de 80 quilómetros da capital Quito.

Em maio, 44 presos morreram e 10 ficaram feridos durante confrontos entre grupos rivais, levando a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, a pedir uma reforma do sistema de justiça penal e prisional do Equador.

Pelo menos 44 mortos em confronto em prisão no Equador

Cerca de 400 reclusos foram mortos nos últimos dois anos em confrontos entre organizações rivais com ligações ao narcotráfico e que disputam o controlo interno das prisões do Equador, e que contam com ramificações dentro e fora dos estabelecimentos prisionais, segundo as autoridades.

Em outubro, a Agência Técnica do Sistema Nacional de Reabilitação Social do Equador definiu um plano de trabalho para reforçar o sistema prisional.

Em setembro, o Presidente, Guillermo Lasso, declarou estado de emergência no sistema prisional, para realizar melhorias nos centros de reabilitação social e lidar com a sobrelotação e a violência nas prisões.