Os Governos de Timor-Leste e dos Estados Unidos assinaram esta terça-feira o maior acordo de cooperação de sempre, avaliado em 420 milhões de dólares (410 milhões de euros), centrado na melhoria de infraestruturas em Díli, entre outras iniciativas.

A ser implementado ao longo de cinco anos, o acordo foi assinado pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidelis Magalhães, e pelo vice-presidente da Millennium Challenge Corporation (MCC) Cameron Alford, numa cerimónia em Díli.

O Compacto de Timor-Leste abrange dois projetos, um para melhorar as condições de água e saneamento, fornecendo água potável a 429 mil residentes em Díli e 64 mil nas zonas mais próximas.

O outro diz respeito à criação de um centro de excelência para formação de professores e responsáveis educativos, conhecido como TALENT, direcionado em particular para o setor do ensino secundário.

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“Com o mundo a responder a uma crescente lista de desafios, incluindo uma crise ambiental global, a segurança de água é mais importante que nunca”, disse Alford na cerimónia.

O Compacto de Timor-Leste vai reforçar a segurança da água, garantindo que há água segura e limpa para os residentes da capital e das zonas mais próximas, melhorando a educação em todas as escolas secundárias do país”, sublinhou.

Intervindo na mesma ocasião, o primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, disse que o Acordo Compacto para a Água, o Saneamento, a Drenagem e a Educação tem um valor global de 484 milhões de dólares (473 milhões de euros), com o Governo timorense a contribuir com 64 milhões de dólares (62,5 milhões de euros), no que é “o maior investimento” realizado no país por um parceiro de desenvolvimento individualmente.

O acordo começou a ser preparado em 2010, “com os primeiros apoios atribuídos para o combate à corrupção e para reforçar os esforços do programa de vacinação nacional” e que “foi ganhando forma nos últimos 12 anos após um intenso processo de consolidação e de concretização de exigentes condições e critérios negociais”.

Para a implementação do projeto, disse, foram feitos vários estudos prévios e de viabilidade ponderosos e detalhados, permitindo concretizar o compacto nos programas definidos.

O compacto, disse, coloca o cidadão “no centro da ação governativa”, disponibilizando “as infraestruturas e os recursos educativos necessários para a aquisição de novos conhecimentos, para a habilitação científica e para o domínio das tecnologias” dos cidadãos timorenses.

Especial ênfase, disse, será dada à formação de professores, “de modo a conseguir um ensino cada vez mais atraente, inclusivo, de elevada qualidade, de acordo com as melhores práticas e exemplos internacionais” e, por outro lado, “disponibilizando o acesso a um sistema de água potável, tecnologicamente moderno, limpo e seguro”.

O projeto TALENT vai trabalhar com o Governo de Timor-Leste para estabelecer um Centro de Excelência e garantir que todos os alunos que se formam no ensino secundário têm as competências necessárias para prosseguir o ensino superior e entrar na força de trabalho, beneficiando quase um milhão de estudantes timorenses ao longo dos próximos 20 anos”, refere uma nota dos dois governos.