787kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Operação policial mata 18 pessoas em favela do Rio de Janeiro

Este artigo tem mais de 1 ano

A operação, no Complexo do Alemão, contou com 400 membros das forças de segurança, vários veículos blindados e quatro aeronaves. O objetivo: enfrentar um grupo perito no roubo de veículos e dinheiro.

epa10084777 Members of the Military Police carry out an operation against organized crime, at the Alemao favela, north of Rio de Janeiro, Brazil, 21 July 2022. In a joint operation, elite bodies of the Military Police of the State of Rio de Janeiro and the Civil Police carried out this Thursday an operation to combat criminal gangs involved in vehicle theft, cargo and bank robberies, leaving at least four people deceased, according to local authorities.  EPA/Andre Coelho
i

Esta é a segunda operação policial com um grande número de mortos numa favela do Rio de Janeiro, depois de uma operação em maio, na favela Vila Cruzeiro, ter matado 25 pessoas, incluindo 23 suspeitos

Andre Coelho/EPA

Esta é a segunda operação policial com um grande número de mortos numa favela do Rio de Janeiro, depois de uma operação em maio, na favela Vila Cruzeiro, ter matado 25 pessoas, incluindo 23 suspeitos

Andre Coelho/EPA

Pelo menos 18 pessoas, incluindo uma moradora, morreram na quinta-feira durante uma operação policial contra o crime organizado no Complexo do Alemão, uma favela do Rio de Janeiro, no Brasil.

O anterior balanço apontava para quatro vítimas mortais.

Das 18 pessoas mortas, 16 são suspeitas de pertencer a fações criminosas, uma era moradora da favela e a última um agente da força de segurança de 38 anos, disse um porta-voz da polícia, numa conferência de imprensa.

A Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil disse à agência de notícias France-Presse ter recebido informações sobre um total de 20 mortos, incluindo o agente da polícia e a moradora.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Brasil. Candidato oficial às eleições presidenciais, Lula quer “recuperar a democracia”

O coronel Rogério Lobasso, responsável da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro pela operação, lamentou a morte da moradora, Letícia Marinho de Sales, de 50 anos e disse que o caso está a ser investigado. “Não sabemos como isso aconteceu”, admitiu.

Denilson Glória, que se identificou como namorado da moradora, disse ao site de notícias G1 que a polícia disparou sobre o automóvel em que o casal circulava.

Tinha um [agente] policial no sinal vermelho, nós parámos. Mas eles ainda atiraram no carro. Eu só a vi cair de lado. Quando eu olhei para ela, tinha um buraco no peito“, disse o homem.

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro lamentou a morte do agente Bruno de Paula Costa, sem citar os outros falecidos.

“Ele morreu após um confronto com bandidos”, disse o chefe de Estado nas redes sociais, criticando ainda o que chamou de dificuldades legais encontradas pelas forças de seguranças para realizar operações nas favelas.

Cerca de 400 membros das forças de segurança participaram na operação, com vários veículos blindados e quatro aeronaves, numa extensa favela, para enfrentar um grupo especializado no roubo de veículos de transporte de mercadorias e dinheiro.

Vários moradores disseram à imprensa brasileira que as suas casas foram invadidas por agentes durante a operação policial.

Vídeos colocados nas redes sociais mostram uma intensa troca de tiros entre as forças de segurança e os alegados criminosos, incluindo disparos contra um helicóptero da polícia.

As autoridades disseram que os agentes foram “atacados violentamente”, com táticas “militares e de guerrilha”, durante a operação e acusaram alguns suspeitos de usarem civis como escudos humanos.

Esta é a segunda operação policial com um grande número de mortos numa favela do Rio de Janeiro, depois de uma operação em maio, na favela Vila Cruzeiro, ter matado 25 pessoas, incluindo 23 suspeitos.

Operação policial em favela no Rio de Janeiro faz pelo menos oito mortos

O estado do Rio de Janeiro apresentou em março um plano para evitar operações com um elevado número de mortes, respondendo a uma ordem do Supremo Tribunal Federal do Brasil.

Mas organizações de direitos humanos, que muitas vezes denunciam supostas execuções extrajudiciais durante este tipo de operações, consideraram o documento demasiado vago.

Em 2021, 1.356 pessoas foram mortas pelas forças policiais no estado do Rio de Janeiro, o maior número de mortos e feridos em confrontos no Brasil, segundo a organização Monitor da Violência.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora