A primeira Habitação Solidária da Câmara do Funchal recebe em agosto os primeiros quatro ocupantes, pessoas em situação de sem-abrigo, estando a autarquia a preparar um segundo espaço para continuar este projeto, disse esta sexta-feira o presidente do município.

A moradia vai albergar, já a partir do próximo mês, quatro pessoas, que já estão sinalizadas para integrar este projeto de inclusão social, que tem a colaboração da Segurança Social e da Associação Protetora dos Pobres”, disse Pedro Calado (PSD).

“Não tenho dúvidas que este é um bom exemplo para a sociedade”, acrescentou.

O presidente da Câmara do Funchal falava na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre o município, o Instituto de Segurança Social da Madeira e a Associação Protetora dos Pobres, que viabiliza o projeto denominado Habitação Solidária, destinado “a acolher quatros pessoas sem-abrigo a viver, presentemente, nas ruas da cidade”.

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A primeira habitação está localizada na Avenida Luís de Camões e foi recuperada em sete meses.

O autarca referiu que, quando visitou esta moradia, é que o município “percebeu o potencial que tinha” e “daí a sua reconfiguração para a causa social”.

Referindo-se ao projeto, Pedro Calado salientou que não visa apenas “trazer as pessoas da rua”, mas aposta também na sua “inclusão, no mercado de trabalho, o que será feito, visto que a edilidade vai ocupar algumas das pessoas nos seus serviços ou em empresas privadas, que, inclusive, já manifestaram disponibilidade nesse sentido”.

Nós não queremos acabar aqui. Bem pelo contrário. Queremos que este seja apenas o primeiro projeto a ser desenvolvido”, sublinhou.

O responsável do principal município da Madeira (PSD/CDS) anunciou que “está já a ser pensada uma segunda moradia” para dar seguimento a este projeto, “desta feita nos Barreiros”.

Para Pedro Calado, este foi “o primeiro passo de algo que a autarquia pretende maior e que envolva mais entidades, inclusivamente com apoio de privados”, de modo a que “a inclusão social e a ajuda às pessoas mais carenciadas sejam prioridades”.

A primeira Habitação Solidária vai receber os seus ocupantes já em agosto e “durante a sua permanência neste projeto, onde podem ficar durante 24 meses, além de uma ocupação em termos de trabalho, terão ainda passe social gratuito, estando ainda a obrigados a cumprir algumas regras”.