Michael Masi, ex-diretor de corridas da Fórmula 1, revelou ter recebido ameaças de morte, após o Grande Prémio de Abu Dhabi, a última corrida da temporada passada, na sequência de uma decisão polémica. O “erro humano” de “aplicação incorreta das regras no decisor do título de 2021”, declarado pela FIA — Federação Internacional do Automóvel — em relatório, levou à vitória e consequente título do neerlandês Max Verstappen, negando ao britânico Lewis Hamilton um oitavo título.

Recebi ameaças de morte chocantes. Senti-me como o homem mais odiado do mundo”, disse o ex-diretor.

Masi contou à News Corp, citada pela BBC, que viveu “dias sombrios”, pelos comentários de morte que citavam a sua família, nas redes sociais Facebook e Linkedin.

Racista, abusivo, vil, chamavam-me todos os nomes. Não só no meu Facebook, mas também no meu Linkedin, que supostamente é uma plataforma profissional. Foi o mesmo tipo de abuso”, descreveu.

“As pessoas disseram que iam atrás de mim e da minha família“, acrescentou.

O impacto das ameaças de morte levaram Masi a “isolar-se numa bolha”, já que “não queria falar com ninguém”.

Senti a nível físico, mas sobretudo mental. Só queria ficar sozinho e não falar com ninguém, nem mesmo a minha família e amigos. Foi muito desafiante, mas toda a experiência tornou-me muito mais forte”, disse.

As revelações são feitas meses após Michael Masi ser demitido de diretor de corridas da F1, no início de fevereiro, bem como ter abandonado, no início do mês, um cargo interno atribuído após a polémica de Abu Dhabi.

Michael Masi, diretor de corridas da F1, foi demitido. Um dos substitutos é o português Eduardo Freitas

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