As receitas do jogo em Macau perderam em julho 95,3%% em termos anuais, fixando-se em 398 milhões de patacas (48 milhões de euros), o pior resultado desde 2003.

As receitas arrecadadas pelos casinos em julho caíram para o valor mais baixo desde que a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos começou a recolher dados mensais, em janeiro de 2003, numa altura em que a cidade tinha apenas um operador de jogo.

Macau, o único local na China onde o jogo em casino é legal, viveu em junho e julho o pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia, o que levou as autoridades a decretarem o estado de prevenção imediata e um confinamento parcial, que determinou o encerramento dos casinos durante quase duas semanas.

De acordo com os números da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ), nos primeiros sete meses de 2022, os casinos arrecadaram 26,7 mil milhões de patacas (3,2 mil milhões de euros), menos 53,6% do que em igual período do ano passado.

As concessionárias em Macau, capital mundial do jogo e o único local na China onde o jogo em casino é legal, têm acumulado desde 2020 prejuízos sem precedentes e o governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Governo de Macau lançou na sexta-feira um concurso público para a atribuição de seis licenças de exploração de jogos em casino, com um prazo máximo de dez anos.

Um dos pontos que será valorizado pela comissão do concurso passa pelos “planos destinados à expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros”.

Cada um dos concorrentes terá de pagar uma caução de pelo menos 10 milhões de patacas (1,22 milhões de euros).

Operam no território três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Wynn, e três subconcessionárias, MGM, Venetian e Melco.