A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) saudou esta quinta-feira a abertura do Ministério da Educação para negociar algumas questões, mas disse estar preocupada com problemas mais urgentes como as alterações à mobilidade por doença.

No final de uma reunião com a tutela, Francisco Gonçalves, secretário-geral adjunto da Fenprof, fez um balanço, em parte, positivo do encontro em que a estrutura sindical apresentou ao Ministério da Educação um conjunto de temas que quer levar a negociação.

Segundo Francisco Gonçalves, trata-se de “questões estruturantes da profissão”, como a carência de professores, o rejuvenescimento da classe docente, a precariedade, a falta de atratividade da carreira e formação inicial.

Nessa parte, houve abertura do Ministério da Educação para (…) acolher uns, eventualmente propor outros, e no início do ano letivo olharmos para essas matérias”, relatou o dirigente sindical.

“Só quando tivermos a contraproposta do Ministério e o debate sobre essas matérias é que podemos dizer se é ou não satisfatório aquilo que se conseguiu”, acrescentou, saudando, ainda assim, a abertura para o diálogo.

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Numa nota menos positiva, a Fenprof levou também ao executivo preocupações já anteriormente expressas sobre as recentes alterações ao regime de mobilidade por doença e a redução da mobilidade estatutária.

O efeito que algumas destas medidas poderão ter na colocação dos professores poderá até ser o contrário àquele que o Ministério está a antecipar. O tempo o dirá, mas estamos com alguma preocupação”, afirmou, alertando para um eventual agravamento do problema da falta de professores nas escolas.

Para já, ficaram agendadas novas reuniões a partir de setembro, nos dias 21 e 22, e nos dias 13, 14, 26 e 27 de outubro, para discutir o regime de recrutamento e colocação de professores.

Estão também previstas reuniões sobre a formação inicial dos professores, mas ainda sem datas definidas.