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A Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, reafirmou esta quinta-feira em Seul o empenho de Washington na desnuclearização da Coreia do Norte, expressando preocupação com o desenvolvimento de armamento por parte de Pyongyang.

Pelosi reuniu-se com o homólogo de Seul, Kim Jin-pyo, concordando em apoiar o trabalho “dos dois governos para a desnuclearização e paz através da cooperação internacional e do diálogo diplomático”, de acordo com um comunicado conjunto citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A líder da Câmara de Representantes do Congresso dos EUA e Kim Jin-pyo manifestaram “preocupação com a grave situação, em que o nível de ameaça da Coreia do Norte está a aumentar”, referindo-se aos inúmeros testes de mísseis conduzidos este ano por Pyongyang e à possibilidade da realização de um próximo teste nuclear.

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Pelosi e Kim destacaram o reforço dos laços entre os Washington e Seul, nomeadamente nas áreas da segurança, economia e tecnologia.

Uma relação que começou com urgência e questões de segurança, há muitos anos, desenvolveu-se até se tornar na mais calorosa das amizades”, disse Pelosi numa conferência de imprensa, referindo-se aos laços bilaterais estabelecidos desde que os EUA apoiaram a Coreia do Sul na Guerra da Coreia (1950-1953).

Pelosi chegou à Base Aérea de Osan, a sul de Seul, na quarta-feira à noite, vinda de Taipei, numa controversa visita qualificada como uma grave provocação por Pequim, que considera Taiwan parte inalienável da China, e que também foi também duramente criticada por Pyongyang.

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Pelosi deverá viajar para a aldeia de Panmunjom, que faz fronteira com a Coreia do Norte, onde se situa a Área de Segurança Conjunta (JSA), a zona mais militarizada da península coreana.

A responsável torna-se assim na mais alta detentora de um cargo público dos EUA a visitar esta área, patrulhada conjuntamente por Seul e Nações Unidas, desde a visita do antigo Presidente Donald Trump, em 2019, que ali se encontrou com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

As negociações entre Pyongyang, Seul e Washington para a desnuclearização têm estado num impasse desde a fracassada cimeira de Hanoi, no início desse ano, entre Trump e Kim, que não conseguiram chegar a um acordo sobre as concessões do Norte e o levantamento das sanções impostas ao regime.