A despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) cresceu 10% em 2021 face ao ano anterior e fixou-se num novo máximo histórico de 1,69% do PIB, com um valor de 3.565 milhões de euros, segundo dados oficiais esta sexta-feira divulgados.

A despesa em I&D aumentou em todos os setores de execução. O aumento é particularmente expressivo nas empresas (+14,5%), setor responsável pela execução de 2.111 milhões de euros, o que representa 59% da despesa nacional em I&D e 1% do PIB. O setor ensino superior também aumentou em cerca de 40 milhões (+ 3,4%), sendo responsável por 34% da despesa, equivalente a 1.205 milhões de euros”, refere uma nota do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

Os dados são extraídos dos resultados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) de 2021.

Segundo os dados estatísticos oficiais, a despesa em I&D cresceu quase mil milhões de euros desde 2017, ano em que totalizou 2.585 milhões de euros.

De acordo com os dados do MCTES, o setor das empresas foi aquele que registou o maior crescimento na despesa com I&D, com um aumento de 14,5% face ao ano anterior, traduzido num valor de 268 milhões de euros a mais.

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Já o ensino superior representa um terço da despesa em I&D.

As empresas são responsáveis pela execução de 2.111 milhões de euros, o que equivale a 59% da despesa nacional em I&D. O setor ensino superior em 2021 respondeu por 34% do total da despesa em I&D, o equivalente 1.205 milhões de euros. Os setores Estado e IPSFL [Instituições Privadas sem Fins Lucrativos] representaram 5% e 2%, respetivamente, do total da despesa nacional”, refere a nota do Governo.

Para a tutela “o aumento da despesa em I&D pelas empresas e outras instituições privadas é o reflexo do crescimento do emprego qualificado e do compromisso do setor privado em se sofisticar e acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal”.

Segundo os dados do IPCTN 2021, “os recursos humanos afetos a atividades de I&D em Portugal em 2021 totalizaram 69.628 (em regime equivalente a tempo integral), dos quais 56.202 desempenharam funções de Investigador. Em comparação com o ano anterior, estes valores traduzem um crescimento de 5% e 6%, respetivamente. O número de investigadores aumentou para 10,9 em cada mil ativos, quando em 2020 se situava em 10,3”, lê-se na nota.