Os incêndios florestais que devastaram o parque natural dos Monts d’Arrée na Bretanha, no oeste de França, normalmente poupados pelos incêndios de Verão, destruíram 2.060 hectares desde o início da estação, anunciaram esta segunda-feira as autoridades.

No departamento de Finistère, a maioria dos incêndios “estão controlados” após a destruição de 290 hectares desde sábado, disse o município, numa declaração, com exceção de um local perto de Brasparts, onde ainda se encontravam 160 bombeiros.

No departamento vizinho de Morbihan, “muitos incêndios começaram ou recomeçaram no departamento nas comunas de Locoal-Mendon, Marzan e Surzur”, com cerca de 60 hectares afectados, disse a autarquia.

O incêndio que neste fim-de-semana atingiu a cidade costeira de Erdeven, perto da península de Quiberon, destruiu 44 hectares.

Também no oeste, estava em curso um incêndio em Maine-et-Loire: cerca de 180 bombeiros e reforços aéreos foram mobilizados e 170 hectares de floresta já arderam.

Obuses que datam da Primeira Guerra Mundial estão enterrados na área e alguns deles podem ter explodido, mas, de acordo com os bombeiros, a área era “perfeitamente controlada e conhecida das autoridades”, pelo que estes projéteis e explosões não representam qualquer perigo.

Os cientistas concluíram que o aumento de eventos climáticos extremos (como ondas de calor, secas, incêndios) é uma consequência direta do aquecimento global, com as emissões de gases com efeito de estufa a aumentarem a sua intensidade, duração e frequência.

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