A Rússia continua a focar as atenções na defesa das cidades no sul da Ucrânia, mas não tem tirado os olhos, nem os pés, de Donetsk. Aí, a cidade de Bakhmut tem sido “o eixo de maior sucesso” no Donbass, segundo os serviços de inteligência do Reino Unido.
O governador regional ucraniano de Donetsk diz mesmo que os ataques russos foram intensificados nos últimos dias, mas a região está a “aguentar”. Já perto de Kharkiv, no nordeste, as tropas ucranianas recuperaram a localidade de Dovhenke e estão a avançar em direção a Izium.
O dia ficou marcado por explosões numa base militar russa na Crimeia, que provocaram uma morte e cinco feridos, incluindo uma criança. Duas testemunhas relataram à Reuters ter ouvido 12 explosões e visto fumo perto da base russa em Novofedorivka, no ocidente da Crimeia. A Rússia diz que a detonação de munições de aviação está na origem do caso.
Nas últimas horas, o Presidente dos Estados Unidos assinou os documentos que apoiam a adesão da Finlândia e Suécia à NATO. “Putin achou que nos podia separar (…) mas a nossa aliança está mais próxima que nunca”, garantiu Joe Biden.
O que aconteceu durante a noite?
- O ator norte-americano Steven Seagal está de visita ao Donbass, no leste da Ucrânia. Segundo o líder separatista da República Popular de Donetsk, está na região para realizar um documentário.
- A Letónia pediu autorização ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para intervir no processo da Ucrânia contra a Rússia.
- O site do Parlamento da Finlândia foi alvo de um ataque informático, numa altura em que o país é candidato à NATO.
- O comentador de televisão russo Yuri Kot sugeriu que dois mísseis nucleares podem ser enviados para o Reino Unido e EUA se houver um “desastre” na central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia.
- Os EUA admitiram pela primeira vez ter enviado mísseis anti-radar para a Ucrânia, armas que não constam na lista dos pacotes de ajuda de Washington.
- Num dia marcado por explosões numa base aérea militar russa na Crimeia, o conselheiro do Presidente ucraniano lembrou a importância da região. “O futuro da Crimeia é ser uma pérola no Mar Negro”, descreveu.
- Os EUA aprovaram um pacote de 87 milhões de euros para assistir a Ucrânia nos trabalhos de desminagem.
- No dia em que entra em vigor a meta voluntária para diminuir o consumo de gás na UE, a presidente da Comissão Europeia defendeu que a poupança de energia “é vital para a segurança energética”.
- O Presidente da Energoatom, empresa que gera as centrais nucleares da Ucrânia, disse que a Rússia quer desconectar a central nuclear de Zaporíjia da rede elétrica ucraniana e ligá-la ao sistema russo.
O que aconteceu durante a tarde?
- Numa entrevista ao The Washington Post, Volodymyr Zelensky pediu ao ocidente que feche as fronteiras a cidadãos russos como forma de retaliação à invasão da Ucrânia. Os russos, acrescentou, estão a “roubar a terra de outros” e deviam “viver no seu próprio mundo até mudarem a sua filosofia”.
- O Kremlin não gostou do que ouviu. O porta-voz Dmitry Peskov caraterizou o pedido como irracional e diz que é uma questão de tempo até a Europa se questionar se os seus cidadãos devem “pagar” pelos “caprichos” do Presidente ucranianos.
- Mais dois navios com cereais partiram do porto de Chornomorsk, na Ucrânia, esta terça-feira, segundo o Ministério da Defesa da Turquia, citado pela Reuters. Transportam milho e farinha de girassol em direção à Coreia do Sul e Turquia, respetivamente.
- O Ministério da Defesa do Reino Unido, no ponto de situação diário, avança que, nos últimos 30 dias, a investida da Rússia contra a cidade do leste da Ucrânia de Bakhmut tem sido o “eixo de maior sucesso na região do Donbass”.
- A Rússia vai colocar esta terça-feira em órbita um satélite de observação iraniano, que fontes militares ocidentais disseram poder ser utilizado pelo Kremlin para apoiar a invasão da Ucrânia, uma acusação negada pelo Irão.
- A Ucrânia denunciou novos ataques russos, esta terça-feira, em vários locais perto da cidade de Donetsk, mas a região está a “aguentar”. Quem o diz é o governador regional, Pavlo Kyrylenko, a uma televisão ucraniana, citado pela Reuters.
- Já no nordeste do país, perto de Kharkiv, as tropas ucranianas recuperaram a localidade de Dovhenke e avançam em direção a Izium, de acordo com o conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych.
- Kirill Stremousov, chefe adjunto da administração civil-militar implementada pela Rússia na região ocupada de Kherson, no sul da Ucrânia, disse à agência russa RIA Novosti que as forças russas estão preparadas para se defenderem de eventuais contraofensivas da Ucrânia.
- A Finlândia vai ajudar a treinar cerca de 10 mil elementos voluntários das forças armadas da Ucrânia no âmbito de um programa internacional liderado pelo Reino Unido.
- Um novo relatório do Royal United Services Institute (RUSI) revelou que mais de 450 componentes produzidas no estrangeiro foram encontradas em armas russas utilizadas na guerra na Ucrânia, o que indica que Moscovo adquiriu tecnologia de empresas nos Estados Unidos, Europa e Ásia nos anos anteriores à invasão.
- A força aérea da Bielorrússia vai realizar exercícios de treino militar de 9 a 25 de agosto, informou o Ministério da Defesa.
O que aconteceu durante a manhã?
- Numa entrevista ao The Washington Post, Volodymyr Zelensky pediu ao ocidente que feche as fronteiras a cidadãos russos como forma de retaliação à invasão da Ucrânia. Os russos, acrescentou, estão a “roubar a terra de outros” e deviam “viver no seu próprio mundo até mudarem a sua filosofia”.
- O Kremlin não gostou do que ouviu. O porta-voz Dmitry Peskov caraterizou o pedido como irracional e diz que é uma questão de tempo até a Europa se questionar se os seus cidadãos devem “pagar” pelos “caprichos” do Presidente ucranianos.
- Mais dois navios com cereais partiram do porto de Chornomorsk, na Ucrânia, esta terça-feira, segundo o Ministério da Defesa da Turquia, citado pela Reuters. Transportam milho e farinha de girassol em direção à Coreia do Sul e Turquia, respetivamente.
- O Ministério da Defesa do Reino Unido, no ponto de situação diário, avança que, nos últimos 30 dias, a investida da Rússia contra a cidade do leste da Ucrânia de Bakhmut tem sido o “eixo de maior sucesso na região do Donbass”. Ainda assim, as forças de Moscovo apenas avançaram cerca de 10 quilómetros naquele território. Durante o fim de semana, a Rússia continuou a focar-se no reforço da defesa no sul da Ucrânia, mas manteve os ataques em Donetsk.
- A Rússia vai colocar esta terça-feira em órbita um satélite de observação iraniano, que fontes militares ocidentais disseram poder ser utilizado pelo Kremlin para apoiar a invasão da Ucrânia, uma acusação negada pelo Irão.
- A Ucrânia denunciou novos ataques russos, esta terça-feira, em vários locais perto da cidade de Donetsk, mas a região está a “aguentar”. Quem o diz é o governador regional, Pavlo Kyrylenko, a uma televisão ucraniana, citado pela Reuters. Na segunda-feira, ataques na região fizeram, pelo menos, três mortos.
- Já no nordeste do país, perto de Kharkiv, as tropas ucranianas recuperaram a localidade de Dovhenke e avançam em direção a Izium, de acordo com o conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych.
- Kirill Stremousov, chefe adjunto da administração civil-militar implementada pela Rússia na região ocupada de Kherson, no sul da Ucrânia, disse à agência russa RIA Novosti que as forças russas estão preparadas para se defenderem de eventuais contraofensivas da Ucrânia.
- A Finlândia vai ajudar a treinar cerca de 10 mil elementos voluntários das forças armadas da Ucrânia no âmbito de um programa internacional liderado pelo Reino Unido.
- Os serviços secretos da Ucrânia anunciaram esta terça-feira a detenção de supostos espiões russos, por suspeita de prepararem um ataque contra o ministro da Defesa, Oleksij Resnikov, e o chefe da secreta militar, Kyrilo Budanov.
- Um novo relatório do Royal United Services Institute (RUSI) revelou que mais de 450 componentes produzidas no estrangeiro foram encontradas em armas russas utilizadas na guerra na Ucrânia, o que indica que Moscovo adquiriu tecnologia de empresas nos Estados Unidos, Europa e Ásia nos anos anteriores à invasão.
- A força aérea da Bielorrússia vai realizar exercícios de treino militar de 9 a 25 de agosto, informou o Ministério da Defesa.