A Administração dos Portos do Douro afirmou esta quarta-feira que a seca que o país atravessa não afeta a navegabilidade do rio e adiantou que existem “medidas estudadas” para aplicar caso isso venha a acontecer.

Em declarações à Lusa, o chefe de divisão do Planeamento e Controlo de Navegação da Via Navegável do Douro, pertencente à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. (APDL), Frederico Martins, explicou que as “zonas mais críticas” de variação do caudal do Douro “estão identificadas” mas que “não é uma situação apenas deste ano” devido à situação de seca.

Neste momento não se afigura uma situação em que a navegabilidade do rio Douro esteja a ser afetada pela seca”, garantiu aquele responsável.

Segundo explicou, “periodicamente a APDL reúne-se com a EDP e a Engie, que fazem o aproveitamento hidroelétrico da bacia hidrográfica do Douro, e essa foi uma questão abordada mas não há registos diferentes de outras alturas“.

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Frederico Martins referiu que “o controlo das quotas e caudais é feito regularmente para garantir a segurança à navegação” ao longo do rio Douro e que não há variações para alarme.

A seca não se tem sentido no rio Douro, o que temos são algumas variações de quotas mas tem a ver com os próprios aproveitamentos hidroelétricos e são variações que estão sempre dentro dos parâmetros que garantem a segurança da navegação”, apontou.

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O responsável explicou que “estas são situações que acontecem ao longo do ano e aconteceram noutros anos, não são uma situações de agora“.

No entanto, disse, caso venham a ser verificadas variações fora dos parâmetros, a APDL está preparada: Existem planos com medidas a tomar caso isso aconteça, que tipificam o que se deve fazer em função da variação de quotas e caudais para garantir a navegabilidade em segurança”, assegurou.

A APDL garantiu ainda que as zonas mais problemáticas estão já identificadas.

“Há locais já identificados como críticos, locais como a Valeira, onde há um estreitamento do rio e que só é possível passar uma embarcação e onde as quotas são baixas, são locais mais do que identificados”.