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A Rússia pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para quinta-feira, para abordar a situação na central nuclear ucraniana de Zaporíjia, controlada pelas suas tropas e que, segundo alega, está sob ataque de Kiev.

A informação foi divulgada esta quarta-feira na rede social Twitter pelo vice-embaixador russo nas Nações Unidas, Dmitri Polyanskiy, que anunciou que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, deverá participar na reunião por videoconferência.

Por enquanto, a reunião não foi oficialmente adicionada à agenda do Conselho de Segurança, que este mês é presidido pela China.

Em pleno aumento da tensão em torno de Zaporíjia, Moscovo e Kiev acusam-se mutuamente de colocar em risco a segurança das instalações, que os militares russos tomaram na fase inicial da invasão à Ucrânia.

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O governador da região de Dnipropetrovsk, Valentin Reznitchenkoa, disse através da rede social Telegram que um ataque russo na última noite com vários mísseis Grad teve como alvo a cidade de Marganets, em frente à central de Zaporíjia, na outra margem do rio Dnieper, e também a vila de Vychtchetarassivka.

Segundo a mesma fonte, nos ataques russos morreram pelo menos 14 civis.

No último sábado, Grossi mostrou-se muito preocupado com o bombardeamento daquela que é a maior central atómica da Europa e alertou que estão a “brincar com fogo” e que existe o risco de um “desastre nuclear”.

Nesta quarta-feira, os ministros das Relações Exteriores do clube das nações industrializadas do G7 exigiram que a Rússia retire as suas forças dessa central e de outras na Ucrânia e que as devolva ao controlo das autoridades em Kiev, de forma a garantir uma operação segura.

G7 acusa Rússia de “pôr em perigo” região de Zaporizhia e pede que retire tropas

É a permanência do domínio russo sobre a central nuclear que coloca a região em risco”, disseram os ministros em comunicado, declarando-se “profundamente preocupados” com a “séria ameaça” que emana da ocupação russa das instalações.

Embora não tenha citado responsáveis, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, descreveu na segunda-feira qualquer ataque a uma central nuclear como “uma missão suicida”.

A AIEA passou meses a tentar organizar uma missão de especialistas para avaliar a situação em Zaporijia, algo que não se concretizou até agora devido à falta de acordos necessários com todas as partes envolvidas.