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Os credores internacionais autorizaram a Ucrânia a adiar o pagamento da sua dívida externa até 2024, anunciou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, na quarta-feira à noite.

A dívida externa da Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro, está avaliada em 20.000 milhões de dólares (mais de 19.300 milhões de euros, ao câmbio atual).

A moratória de dois anos “permite à Ucrânia manter a estabilidade macrofinanceira e reforçar a sustentabilidade económica”, escreveu Chmygal na rede social Twitter, segundo a agência francesa AFP.

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O ministro das Finanças ucraniano, Serguei Martchenko, citado na publicação, congratulou-se com a decisão dos credores.

“Graças à solidariedade com a Ucrânia demonstrada pela comunidade de investimento privado e pelo setor público oficial, seremos capazes de satisfazer as necessidades do povo ucraniano“, disse Martchenko.

Um grupo de credores ocidentais, incluindo Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Reino Unido, concordou, em 20 de julho, em adiar o pagamento dos juros da dívida da Ucrânia, após um pedido de Kiev, e exortaram outros detentores de obrigações a fazer o mesmo.

A economia da Ucrânia entrou em colapso desde o início da guerra, com o Banco Mundial a prever uma queda de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

Os pagamentos diferidos de obrigações da Ucrânia poderão permitir poupar pelo menos 3.000 milhões de dólares (mais de 2.900 milhões de euros) em dois anos, de acordo com cálculos da agência financeira Bloomberg.