O Governo aprovou esta quinta-feira uma deliberação que propõe ao Presidente da República a nomeação do comodoro da classe de fuzileiros Martins de Brito para comandar a missão de treino da União Europeia em Moçambique.

Foi aprovada a deliberação que propõe a Sua Excelência o Presidente da República a nomeação do comodoro da classe fuzileiros Rogério Paulo Figueira Martins de Brito para o cargo de Comandante da European Union Training Mission in Mozambique [Missão de Treino da União Europeia em Moçambique]”, lê-se no comunicado divulgado pelo Conselho de Ministros.

De acordo com o site oficial do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), Portugal tem 68 militares empenhados nesta missão.

O objetivo é “apoiar as Forças Armadas Moçambicanas a dar uma resposta mais eficiente e eficaz à crise em Cabo Delgado, na observância das disposições legais, em matéria de Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário”.

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Atualmente a missão é comandada pelo brigadeiro-general português Nuno Lemos Pires.

Em entrevista à agência Lusa, no passado dia 26 junho, num balanço feito sobre o trabalho feito pela UETM em cerca de oito meses, o general português sublinhou que o dispositivo europeu está “a tentar e a conseguir cumprir o que foi acordado entre a União Europeia (UE) e Moçambique”, mas “o caminho faz-se caminhando”.

Estas coisas de montar uma missão completamente nova no terreno têm os seus trâmites, têm os seus tempos”, disse.

Em julho de 2021, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE aprovaram a constituição de uma missão de formação militar em Moçambique para “treinar e apoiar as Forças Armadas moçambicanas” no “restabelecimento da segurança” em Cabo Delgado, província no nordeste do país, que é palco de ataques de grupos armados desde 2017, alguns dos quais reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, com um balanço de mais de 3.100 mortos e mais de 817.000 deslocados.