A inflação homóloga em Moçambique foi de 11,77 % em julho, o valor mais alto dos últimos quatro anos e 10 meses, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A inflação homóloga em junho tinha sido de 10,81% e subiu 96 pontos base em julho (ainda assim, a um ritmo mais lento que os 150 pontos base de maio para junho), segundo o novo boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

É preciso recuar até agosto de 2017 para encontrar um valor mais alto: na altura a inflação foi de 14,13%, no rescaldo do choque provocado pelas dívidas ocultas.

A subida que se verifica desde o início do ano está em linha com o clima inflacionista global causado pela guerra na Ucrânia e o aumento do preço dos combustíveis.

As divisões de alimentação, bebidas não alcoólicas e transportes voltaram a ser as que mais contribuíram para o aumento de preços em Moçambique.

Os valores do IPC são calculados pelo INE a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

Em termos acumulados, desde início do ano, a inflação de 2022 em Moçambique está agora em 7,10%.

Economia moçambicana cresce 4,37% no primeiro semestre

A economia moçambicana cresceu 4,37% na primeira metade do ano, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE) no seu mais recente boletim de contas nacionais.

A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 4,14% no primeiro trimestre de 2022 e subiu depois para 4,59% no segundo trimestre (de abril a junho), lê-se no documento.

A base de comparação é feita com os períodos homólogos de 2021 em que a economia foi mais severamente afetada pelos efeitos da pandemia de covid-19.

A economia moçambicana cresceu 2,16% em 2021 e para 2022 o Governo apontou como meta uma subida do PIB de 2,9% prevista no Plano Económico e Social e Orçamento do Estado aprovado pelo parlamento.

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