A empresa Águas do Norte admitiu esta sexta-feira que é “fundamental” que chova muito em setembro e outubro para “mitigar os efeitos na população” relativamente ao abastecimento de água, de acordo com respostas enviadas à Lusa.

Pese embora as medidas em curso, é fundamental que se verifique nos próximos meses de setembro e outubro uma elevada precipitação de forma a regularizar os volumes de água para mitigar os efeitos na população”, pode ler-se na resposta à Lusa, que questionou se o abastecimento de água à população estava em risco.

Na resposta enviada à Lusa, a empresa disse ainda que as áreas que “merecem um acompanhamento mais próximo” da sua parte são “não só as localizadas no Douro Superior, como também no Douro Sul e Alto Tâmega”.

Em específico, a empresa referiu à Lusa as áreas servidas “pelas albufeiras do Alto Rabagão, Arcossó, Vilar, Ranhados e Vila Chã”.

Está a ser efetuado um acompanhamento atento e muito próximo de todos os subsistemas e origens de água de forma a implementar medidas de mitigação dos efeitos de seca a que parte do território servido por esta empresa tem estado sujeito”, assegura a Águas do Norte.

A companhia tem também em atividade, desde fevereiro, “um Gabinete de Crise”, para “implementar medidas de mitigação dos efeitos” da seca.

Uma das ações adotadas de imediato foi a de efetuar uma regular e atenta vigilância dos níveis e reservas de armazenamento das albufeiras afetas ao Sistema Multimunicipal, o que tem permitido identificar a evolução dos volumes de água armazenados, as autonomias para o respetivo fornecimento e, para cada situação em concreto, a definição de medidas de gestão adequadas às circunstâncias”, descreve ainda a Águas do Norte.

A empresa tem também promovido “ações e reuniões com os Presidentes de diversas Câmaras Municipais servidas pela empresa, no sentido de se implementarem medidas imediatas que permitam a diminuição de perdas nas redes públicas de abastecimento e de se promover a sensibilização para a temática da sustentabilidade ambiental e para o uso inadequado da água potável”.

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Neste âmbito, segundo a empresa, são “disponibilizadas sessões de esclarecimento e divulgação sobre os respetivos processos de tratamento, não só de água para o abastecimento público de água potável, mas também de águas residuais urbanas e industriais”.

A Águas do Norte é a concessionária do sistema multimunicipal de abastecimento de água e saneamento do Norte de Portugal e é responsável “pela captação, tratamento e abastecimento de água para consumo público e pela recolha, tratamento e rejeição de efluentes domésticos, urbanos e industriais e de efluentes provenientes de fossas séticas” de 63 municípios.

Tem também a exploração e gestão do sistema de águas da região do Noroeste, sendo responsável pela gestão em alta (prestada aos municípios) e em baixa (prestada aos utilizadores finais).

A empresa, que iniciou atividade em 2015, resultou da agregação das empresas Águas do Douro e Paiva, Águas do Noroeste, Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Simdouro – Saneamento do Grande Porto, integradas no grupo Águas de Portugal (AdP), detendo “a concessão por 30 anos da exploração e gestão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Norte de Portugal”.