A conquista da Supertaça de futebol após uma vitória por 3-0 frente ao Tondela, que se juntou à vitória no Campeonato (com a maior série de encontros sem derrotas consecutivos e recorde de pontos) e na Taça de Portugal, funcionou como mote para Pinto da Costa lançar a nova temporada de 2022/23 no habitual artigo de opinião da revista Dragões, com o título “Uma espinha cravada na garganta da capital”.

Cinco em 10 anos, oito finais seguidas sem derrotas, 23 em toda a história: o FC Porto é rei e senhor da Supertaça

“Uma época à Porto é uma época com luta, superação, trabalho, qualidade e vitórias. 2022/23 ainda agora começou, mas já é uma época à Porto. É evidente que os sucessos do nosso clube medem-se em títulos, por isso não havia melhor forma de começar a temporada do que a ganhar a Supertaça. Em pouco mais de três meses, vencemos os três troféus nacionais mais importantes. E foram três vitórias indiscutíveis. Não devia ser necessário recordar este facto mas a forma como o FC Porto é tratado pela comunicação social tem muitas vezes como consequência que algumas pessoas se esqueçam do que é óbvio: graças ao mérito do nosso treinador, dos nossos jogadores e de todos os que com eles trabalham, o nosso clube tem sido superior aos rivais e encontra-se na posição invejável de campeão em título das provas mais relevantes”, começou por destacar sobre o percurso recente do conjunto comandado por Sérgio Conceição.

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Pinto da Costa destaca “um raro motivo de satisfação” na Supertaça “num país estupidamente centralizado”

“Como já disse várias vezes, este estatuto já não nos serve de nada. As vitórias do passado já não estão em causa e o que me preocupa – e a todos no FC Porto – são as conquistas do futuro. Sabemos que para manter o alto nível do nosso desempenho desportivo vamos ter de continuar a enfrentar várias adversidades, e o facto de termos ganho muito nos últimos tempos só aumenta a quantidade de pedras que tentam colocar no nosso caminho”, prosseguiu, dando como exemplo as notícias que davam conta de um alegado pedido de demissão do técnico na sequência da saída de Francisco Conceição.

Sérgio Conceição espera reforços, não gostou de dois pontos na saída de Francisco mas vai continuar no Dragão (e não pediu demissão)

“Na origem dessas invenções está sempre a imprensa de Lisboa. Apesar de o sucesso do FC Porto e das lutas do nosso clube contra as mentiras e as injustiças não serem algo recente, parece-me que em Lisboa ainda não se habituaram a lidar com isso. E quando me refiro a Lisboa não está em causa a cidade propriamente dita, onde sou sempre bem recebido e onde existem cada vez mais pessoas que vibram com o FC Porto”, voltou a apontar numa ideia que já tinha sido expressa antes da final da Supertaça.

“67% de vitórias é pouco, podia ser mais.” Pinto da Costa chegou aos 2.000 jogos como presidente do FC Porto

“O que está em causa é a capital enquanto símbolo de um país que sempre foi muito centralizado e que o é cada vez mais, onde a proximidade aos poderes excessivamente concentrados é um fator decisivo seja para o que for, ao ponto de até no estrangeiro já se reconhecer que isso explica uma grande parte dos problemas de Portugal. O FC Porto, para ganhar, tem de lugar contra isso. É o que temos feito, e não nos podemos queixar dos resultados. Vamos continuar a fazê-lo. Somos e queremos continuar a ser uma espinha cravada na garganta da capital”, concluiu o presidente dos azuis e brancos, que na primeira ronda do Campeonato, na receção ao Marítimo no Dragão, cumpriu o 2.000.º jogo como líder.