Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 5.000 foram deslocadas em julho devido às piores inundações que a Gâmbia sofreu “em quase meio século”, refere um relatório divulgado esta sexta-feira pela agência de gestão de catástrofes do país.

As inundações que se seguiram às fortes chuvas de 30 e 31 de julho no pequeno país da África Ocidental “afetaram diretamente” pelo menos 40.000 pessoas, incluindo mais de 8.000 crianças com menos de 5 anos.

Mas é provável que tenham afetado centenas de milhares de pessoas no total, adiantou a agência.

De acordo com o Departamento de Recursos Hídricos, 276 milímetros de chuva caíram em dois dias na capital Banjul.

Os edifícios urbanos nos subúrbios foram os mais afetados”, disse a agência, acrescentando que 11 pessoas morreram e 5.407 foram deslocadas.

“Centenas de casas foram total ou parcialmente danificadas e não podem ser habitadas em segurança”, acrescentou.

“As últimas inundações históricas datam de 1948”, disse a agência. Cheias também significativas ocorreram em 1988, 1999, 2002, 2010, 2020 e 2022.

Isto mostra que a frequência das cheias repentinas e dos choques relacionados com o clima estão a tornar-se mais persistentes”, afirmou.

Na área da Grande Banjul, centenas de pontos de água e milhares de instalações sanitárias foram afetados pelas cheias e, em toda a cidade, a água apresenta-se “amarelada a esverdeada e com mau cheiro”.

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Foram notificados “numerosos” casos de diarreia e erupções cutâneas na zona da Tobacco Road e existe um risco “muito elevado” de doenças transmitidas pela água, de acordo com a agência.

A água estagnada também tem atraído répteis para algumas áreas, “pondo as pessoas em risco”.

Durante uma visita às áreas afetadas na semana passada, o Presidente Adama Barrow prometeu 46 milhões de dólares (44,8 milhões de euros) para um novo projeto hídrico, que espera estar concluído até ao final do ano, relataram os meios de comunicação locais.