Pelo menos 41 pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas num incêndio ocorrido este domingo numa igreja no Cairo, informou a Igreja Copta (cristã). “As fontes do Ministério da Saúde disseram que os mortos chegam a 41 até agora, enquanto os feridos são 14 pessoas”, disse a Igreja Copta em comunicado publicado na sua conta oficial no Facebook. Entretanto, segundo a Reuters, o número de feridos subiu para 45.

De acordo com as primeiras investigações, o incêndio na igreja de Abu Sifine, no bairro popular de Imbaba, ocorreu, em consequência de uma falha elétrica, durante um culto religioso em homenagem a São Mercúrio de Cesareia que reuniu milhares de fiéis. De acordo com a BBC estariam 5.000 pessoas na missa. O fogo bloqueou uma das entradas provocando uma debanda descontrolada na qual muitas pessoas foram mortas, uma parte das vítimas mortais serão crianças.

“As pessoas estavam a juntar-se no terceiro e quarto piso, e vimos fumo a sair do segundo andar”, relatou Yasir Munir, um fiel da igreja, à agência Reuters. “As pessoas correram para descer as escadas e começaram a cair umas em cima das outras.” A sua filha estava no piso térreo e conseguiu fugir.

De acordo com a Igreja Copta, o fogo está controlado, mas os bombeiros estão a realizar operações de arrefecimento que impedem o acesso à igreja, pelo que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas. As causas da falha elétrica não são ainda conhecidas. Segundo a BBC, o Ministério Público já terá enviado uma equipa ao local para investigar a causa do incêndio.

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Um padre de uma igreja próxima indica que o desastre terá sido causado pela utilização de um gerador.”A energia acabou e eles estavam a usar um gerador”, relatou à agência AFP, citada pela estação britânica. “Quando a energia voltou, causou uma sobrecarga” Já o Ministério do Interior, diz a Sky News e a Al Jazeera, terá recebido um relatório do incêndio que alertava para o facto de este ter começado num ar condicionado instalado no segundo andar da igreja.

“Estou a seguir de perto o desenvolvimento deste trágico acidente”, disse o presidente Abdel Fattah el-Sissi numa chamada com o papa da Igreja Copta, Tawadros II. “Ordenei a todas as agências e instituições estatais envolvidas para que tomassem todas as medidas necessárias para lidar imediatamente com este acidente e os seus efeitos”.

Atualizada às 16h25