As águas de uma mina inundada onde dez mineiros estão desaparecidos há 11 dias, no norte do México, tiveram um “aumento acentuado”, o que pode complicar a operação de resgate, anunciaram este domingo as autoridades.

O nível da água do poço número dois, que era de 70 centímetros na sexta-feira, o que podia permitir o acesso dos serviços de emergência, chega agora aos 12,92 metros, informaram as autoridades em comunicado, acrescentando que “os engenheiros estão a avaliar a situação no local e as razões para esta súbita do nível da água”.

Nos poços três e quatro a água atinge os 15,5 metros e os 12,5 metros, respetivamente, um aumento de oito a dez metros em relação aos níveis registados na sexta-feira, de acordo com o comunicado.

“Os engenheiros vão tentar uma nova estratégia para permitir tirar a água da mina de El Pinabete”, adiantaram as autoridades.

Esta notícia representa, no entanto, um golpe duro para as famílias dos mineiros que manifestaram no sábado o receio de uma intervenção demasiado tardia para os salvar. Os mineiros estarão presos a uma profundidade de 34 metros.

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Graças ao bombeamento incessante, o nível da água tinha baixado sexta-feira para 70 centímetros num dos poços levando as autoridades mexicanas a anunciar que havia “condições” para os socorristas entrarem na mina inundada, à procura dos 10 mineiros desaparecidos.

Na quarta-feira, um mergulhador tinha entrado num dos poços, mas não conseguiu avançar porque encontrou “obstáculos para poder entrar nas galerias”, segundo o governador do estado de Coahuila, Miguel Riquelme.

Várias centenas de pessoas estão a participar no resgate, incluindo com um drone subaquático, para tentar encontrar e salvar os mineiros cujos familiares estão cada vez mais preocupados com o passar do tempo.

Coahuila, a principal região produtora de carvão do México, tem sofrido uma série de acidentes fatais em minas ao longo dos anos. O pior ocorreu na mina de Pasta de Conchos em 2006, quando morreram 65 mineiros.