O chanceler alemão Olaf Scholz questionou esta segunda-feira a proibição de turismo como sanção da União Europeia à Rússia. Numa reunião com líderes de países nórdicos, defendeu que “o que é importante para a Alemanha é que se entenda que muitas pessoas estão a fugir da Rússia porque discordam do regime russo”.

“Todas as decisões que tomamos não devem tornar mais complicado deixar o país, fugir da liderança e da ditadura na Rússia”, considerou Olaf Scholz, citado pela Reuters. Foi contrariado por Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia, que defendeu a retirada dos turistas russos para se garantir o pagamento das sanções.

Sanna Marin já tinha defendido em entrevista à rádio YLE que “não é correto que, enquanto a Rússia está a travar uma guerra agressiva e brutal de agressão na Europa, os russos vivam uma vida normal, viajem pela Europa como turistas”, citou o The Guardian.

A posição finlandesa está em linha com o apelo que Volodymyr Zelensky deixou numa entrevista ao The Washington Post, em que o Presidente da Ucrânia considerou que “a sanção mais importante” seria “fechar as fronteiras porque os russos estão a tirar a terra dos outros”. Devem “viver no próprio mundo enquanto não mudarem de filosofia”, considerou o chefe de Estado ucraniano.

Neste momento, a saída da Rússia por via aérea está dificultada porque as companhias aéreas do país estão proibidas de sobrevoar grande parte do território europeu. Mas o que Zelensky pede, com o apoio de várias nações da União Europeia, é um total encerramento das portas do mundo ocidental aos russos.

O receio de uma proibição total da entrada em território europeu está a motivar uma corrida dos russos a pedir vistos Schengen, que lhes permite viajar num período de 90 dias para qualquer um dos 26 países europeus do espaço Schengen — para turismo ou em trabalho.

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