O Governo dos Estados Unidos da América considera “uma afronta à Justiça e ao Estado de direito” a condenação, esta segunda-feira, da ex-dirigente do governo civil birmanês Aung San Suu Kyi a uma nova pena de prisão.

Aung San Suu Kyi condenada a mais seis anos de prisão

Um porta-voz do Departamento de Estado denunciou “a prisão injusta e a condenação” da Nobel da paz, afastada do poder pelo golpe militar de 2021, e apelou à “libertação imediata de Aung San Suu Kyi e de todos os que foram injustamente detidos, nomeadamente os representantes democraticamente eleitos”.

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UE considera “injusta” condenação de Suu Kyi e pede libertação imediata

O chefe da diplomacia da União Europeia classificou esta segunda-feira como injusta a condenação da ex-dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi a uma nova pena de prisão, apelando ao regime militar para que a “liberte imediatamente”.

Condeno a injusta sentença de Aung San Suu Kyi e mais seis anos e prisão e apelo ao regime birmanês para que a liberte imediatamente e sem condições, assim como a todos os prisioneiros políticos, e para que respeite a vontade popular, disse Josep Borrell numa mensagem na rede social Twitter.

A ex-dirigente de Myanmar (antiga Birmânia) foi esta segunda-feira condenada a mais seis anos de prisão, que se juntam aos 11 anos de detenção a que já estava sujeita.

Suu Kyi, Nobel da Paz e líder de facto do Governo deposto em fevereiro de 2021 pelas forças armadas, foi condenada por quatro acusações de corrupção relativas à atividade de uma organização não-governamental.

As autoridades acusam-na de provocar perdas para o Estado de mais de 24,2 mil milhões de kyats (11,3 milhões de euros) por ceder terrenos públicos a preços baixos à Fundação Daw Khin Kyi, que tem o nome da mãe de Suu Kyi.