O número de funcionários públicos aumentou 1,5% para  741.698, no segundo trimestre do ano, em termos homólogos, de acordo com os dados revelados esta terça-feira pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Trata-se do número mais elevado da série que começou em 2011. Ainda assim, o crescimento do emprego no Estado está a abrandar (no trimestre anterior, o aumento tinha sido de 2,2%) e atingiu o ritmo mais baixo desde setembro de 2018.

Este aumento homólogo do emprego no Estado deveu-se, essencialmente, às carreiras de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário (mais 1.571), de técnico superior (1.295), de enfermeiro (990), assistente operacional (781) e das forças de segurança (772).

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Já se a comparação for feita com o trimestre anterior, o aumento no emprego público foi de apenas 0,1%, motivado em parte pelas contratações a termo de vigilantes da floresta “que apresentam uma natureza sazonal”, assim como de guardas da GNR, segundo a DGAEP.

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Os dados permitem ainda perceber como tem sido a evolução salarial no Estado — que teve um aumento transversal de 0,9% em janeiro, além da subida do salário mínimo (também para o privado), que se fixou em 705 euros. Em abril de 2022 (os dados mais recentes), a remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 1.559 euros, mais 1,5% face ao mesmo mês do ano anterior e uma subida de 0,6% em relação a janeiro de 2022. A DGAEP justifica a variação homóloga com o efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis salariais e da atualização do salário mínimo nacional para os 705 euros.

E o ganho médio, que inclui os suplementos remuneratórios, subiu 1% na variação homóloga, para 1.819 euros, uma evolução que a DGAEP atribui ao aumento da remuneração base e da “maioria das restantes componentes” como prémio, subsídios e suplementos. Já face ao trimestre anterior, a subida foi de 0,1%.