Os preços no consumidor no Reino Unido aumentaram 10,1% em julho, face à subida de 9,4% no mês anterior, situando-se no valor mais alto em mais de 40 anos, anunciou esta quarta-feira Gabinete Nacional de Estatísticas (ONS).

O aumento dos preços deveu-se sobretudo à subida dos preços da eletricidade e do gás, bem como dos transportes e dos alimentos e bebidas não alcoólicas, salientou o ONS.

Segundo os analistas, o índice de preços no consumidor no Reino Unido está no nível mais alto desde fevereiro de 1982, quando subiu 10,4%.

O economista-chefe do ONS, Grant Fitzner, afirmou que “diversos tipos de preços de produtos fizeram com que a inflação voltasse a subir”.

Os preços dos alimentos aumentaram significativamente, principalmente os produtos ligados à panificação, laticínios, carnes e legumes“, disse o economista, acrescentando que os preços de outros itens básicos, como escovas de dentes e desodorizantes, também subiram.

“O custo das matérias-primas e mercadorias que saem das fábricas continuou a subir, impulsionado pelo preço dos metais e dos alimentos”, salientou.

O Banco da Inglaterra elevou recentemente as taxas de juros de 1,25% para 1,75% para controlar a inflação e alertou que pode chegar aos 13% antes do final do ano, antecipando que o Reino Unido pode entrar em recessão no último trimestre deste ano e que a crise possa continuar no próximo ano.

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