O Papa Francisco decidiu que não haverá investigação do Vaticano por alegados abusos sexuais ao cardeal canadiano Marc Ouellet, acusado por uma mulher de molestá-la, por insuficiência de provas, indicou esta quinta-feira o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

Após a investigação preliminar confiada pelo papa ao padre Jacques Servais, cuja conclusão foi que não há elementos para iniciar um julgamento” “e “depois de outras consultas relevantes, o papa Francisco considera que não há provas suficientes para abrir uma investigação canónica por agressão sexual do cardeal Ouellet à pessoa F”, referiu Bruni.

Pertencente à Companhia dos Padres de São Sulpício (PSS), Marc Armand Ouellet, nascido a 8 de junho de 1944, é um prelado canadiano da Igreja Católica. É prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina desde a sua nomeação pelo papa Bento XVI, a 30 de junho de 2010. Continua a exercer esses cargos embora tenha já ultrapassado a habitual idade de reforma, 75 anos, porque o papa Francisco ainda não aceitou a sua demissão.

Foi Arcebispo do Quebeque e Primaz do Canadá de 2003 até 2010. Foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II a 21 de outubro de 2003. Ouellet foi considerado um possível candidato à eleição como papa tanto em 2005 como em 2013.

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Uma ação judicial coletiva apresentada no início da semana passada apontou Ouellet como alegado agressor de uma mulher cujo nome não foi divulgado, F., que acusa o clérigo de a beijar num cocktail em 2008 e de ter deslizado a mão pelas costas dela até lhe tocar no traseiro.

Canadá. Cardeal Marc Ouellet acusado de agressão sexual. Crimes terão ocorrido entre 2008 e 2010