O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) confirmou esta terça-feira o castigo de um mês imposto ao treinador Ricardo Sá Pinto por declarações sobre um militar da GNR, em maio, quando treinava o Moreirense.

Sá Pinto, atualmente a treinar os iranianos do Esteghlal, foi condenado por “lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa”, nota um comunicado esta terça-feira divulgado.

A decisão segue a abertura do processo disciplinar, remetido à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), ainda em maio, e que foi primeiramente rejeitada, em julho, por um erro na composição do relatório, e após 15 dias de suspensão, e multa, aplicadas ainda antes do “play-off”, perdido com o Desportivo de Chaves.

Após o envio de novo relatório final pelo instrutor, e de audiência disciplinar, foi decidido condenar o técnico, que então chamou “mentiroso” a um capitão da GNR, que tinha descrito o seu comportamento na derrota com o Vizela (4-1).

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Esse relatório levou à suspensão por 15 dias de Sá Pinto, que esteve na bancada para os dois jogos com o Desportivo de Chaves, que venceu o “play-off” e subiu à I Liga, despromovendo os vimaranenses ao segundo escalão.

As duras críticas do treinador levaram a GNR a participar criminalmente junto do Ministério Público em Guimarães, além de remeter “os factos à Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto”.

Ricardo Sá Pinto, que também anunciou a intenção de apresentar queixa-crime contra o comandante Orlando Mendes, criticou a sua ausência nos dois encontros com o Desportivo de Chaves, do “play-off” de permanência na I Liga, que ditou a descida dos minhotos ao escalão secundário oito anos depois, atribuindo culpas ao referido militar.

“Este capitão é um grande mentiroso. As pessoas da vila de Moreira de Cónegos têm de se revoltar perante este capitão, que pôs em causa o sucesso deste clube. Ninguém diz nada, mas sabem o que vai acontecer? Vai ser contra tudo e contra todos”, atirou o ex-internacional português.