O exército norte-americano bombardeou na terça-feira instalações de milícias pró-iranianas no leste da Síria, anunciou um porta-voz militar.

Estes “ataques de precisão” foram realizados na província de Deir Ezzor e visaram “infraestruturas utilizadas pelos Guardiães da Revolução”, ligados ao regime iraniano, declarou o coronel Joe Buccino, em comunicado.

O Corpo da Guarda Revolucionária, considerado o exército ideológico do regime iraniano, está na lista negra de “grupos terroristas” dos EUA.

Segundo explicou Buccino, estes “ataques de precisão” visam “defender e proteger as forças americanas de ataques como os ocorridos em 15 de agosto por grupos apoiados pelo Irão”.

Vários drones atacaram então uma base avançada da coligação antijihadista, segundo os americanos, que não registaram qualquer vítima.

O bombardeamento aéreo americano na terça-feira atingiu nove bunkers usados para o armazenamento de munição, disse o coronel Bucino à CNN.

As forças dos EUA “realizaram esta operação proporcional e deliberada para limitar o risco de escalada e o risco de causar baixas”, acrescentou.

Centenas de soldados americanos estão posicionados no nordeste da Síria como parte da coligação antijihadista para combater, com os seus aliados curdos das Forças Democráticas Sírias (SDF), os elementos remanescentes do grupo Estado Islâmico (EI).

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Este bombardeamento ocorreu no mesmo dia em que os media estatais iranianos anunciaram a morte, no domingo, de um general da Guarda Revolucionária, durante uma “missão” na Síria.

Não foram dados detalhes sobre as circunstâncias da morte do general, apenas descrito como “defensor do santuário”, termo usado para designar aqueles que trabalham em nome do Irão na Síria ou no Iraque.

O Irão diz que enviou forças para a Síria a convite do regime de Damasco e apenas como conselheiros.