Pelo menos três pessoas ficaram feridas e milhares deslocadas nas Filipinas à passagem da tempestade tropical Ma-on pelo norte do país, disseram esta quarta-feira as autoridades.

Três pessoas ficaram feridas ao serem atingidas pela queda de árvores na província de Cagayan, no norte da ilha de Luzon, a maior e mais populosa do arquipélago, e levadas para hospitais, disse um responsável da segurança.

Rueli Rapsing acrescentou que mais de sete mil pessoas foram retiradas de aldeias daquela província, enquanto as autoridades fecharam escolas e departamentos governamentais em Manila e em regiões onde possam ocorrer inundações e aluimentos de terras.

O encerramento das escolas aconteceu depois de milhões de alunos do ensino primário e secundário terem regressado às aulas presenciais, na segunda-feira, canceladas nos últimos dois anos no país devido à pandemia da Covid-19.

Algumas regiões mais afetadas estão ainda a recuperar da devastação causada por um forte terramoto no mês passado, provocando preocupações de que as encostas das montanhas seriam mais suscetíveis a aluimentos de terra, num país atingido por cerca de 20 tempestades tropicais por ano, indicaram.

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O Ma-on enfraqueceu ligeiramente depois de fustigar as províncias montanhosas do norte, tendo deixado terra durante esta noite, com ventos constantes de 95 quilómetros por hora (km/h) e rajadas até 115 km/h. A tempestade tocou terra, na terça-feira de manhã, na cidade de Maconacon, na província de Isabela, disseram meteorologistas.

A tempestade pode intensificar-se no mar à medida que se dirige para o sul da China, salientaram.

Macau, atualmente na trajetória prevista do Ma-on, prepara-se para emitir o sinal 3 de alerta de tempestade tropicais, às 14h00 (07h00 em Lisboa). O alerta amarelo para possíveis inundações foi já emitido pelas 11h00 (04h00 em Lisboa).

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau (SMG) indicaram uma alta possibilidade de içar o sinal 8 esta noite.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade dos ventos.

Desde 2017, três tufões obrigaram as autoridades a emitir o alerta máximo, com o último (Higos) a atingir Macau em agosto de 2020.

Em setembro de 2018, o Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território.

Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), considerado o pior em mais de 50 anos a atingir o território, causou 10 mortos e 240 feridos.