Um diplomata do Sudão do Sul nos Estados Unidos da América conseguiu fugir de uma acusação de violação por causa da sua imunidade diplomática. Charles Oliha, a exercer funções diplomáticas em Manhattan, foi acusado por uma vizinha de, enquanto estava alcoolizado, ter forçado a entrada na sua casa e de a tentar tentado violar mais que uma vez.

Foi apresentada uma queixa ao departamento da polícia de Nova Iorque, que acabou por libertar o sul-sudanês. Depois de terem analisado o perfil de Oliha, as autoridades descobriram que este estava protegido pelo seu estatuto diplomático. Já a vítima foi encaminhada para um centro médico no bairro de Washington Heights para uma avaliação médica.

“A investigação continua a decorrer. É um assunto do departamento de Estado”, referiu o comissário da polícia nova-iorquina, Julian Phillips. Também o Presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, confirmou a continuação da investigação e repudiou as ações de que o diplomata é acusado: “Nenhum tipo de agressão sexual deve ser tolerado”, refere o canal norte-americano WABC-TV.

Segundo o britânico The Guardian, a libertação de Oliha tem provocado uma onda de revolta entre associações que defendem os direitos das mulheres.

Jane Manning, coordenadora do projeto Women’s Equal Justice, considera que “é incrivelmente perturbador que alguém que é acusado de violação não possa ser responsabilizado independentemente dos factos”. Uma ideia secundada pelo chefe executivo: “O facto de a imunidade diplomática prevalecer sobre a justiça para a vítima desta agressão sexual é incompreensível. Juntamo-nos a todas as vítimas na exigência de responsabilidade e numa investigação completa deste incidente”.

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