A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai avaliar o desassoreamento do rio Sado, junto à cidade de Alcácer do Sal (Setúbal), para melhorar o meio ambiente, a navegabilidade e a imagem turística, revelou a câmara municipal.

A decisão da APA foi esta sexta-feira divulgada pelo Município de Alcácer do Sal, em comunicado, e surge na sequência de um ofício enviado, no final de julho, ao presidente do conselho diretivo da APA, Nuno Lacasta, a pedir uma intervenção urgente.

No documento, o autarca Vítor Proença (CDU) solicitou o desenvolvimento de “ações de desassoreamento de um troço do rio Sado junto à área urbana”, entre a ponte rodoviária e a ponte do Itinerário Complementar 1 (IC1)”, numa extensão de cerca de um quilómetro.

De acordo com o município, em comunicado, a APA informou que “irá promover a referida avaliação e as consultas necessárias, com vista a enquadrar as tipologias de intervenção a desenvolver”.

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Segundo a APA, a avaliação inclui igualmente “a respetiva estimativa de custos financeiros, possíveis fontes de financiamento e a sua calendarização”.

Este tipo de ações terão de ser adequadamente avaliadas sob vários aspetos, nomeadamente do ponto de vista ambiental e arqueológico, envolvendo a consulta de outras entidades”, referiu.

Em declarações à agência Lusa, no final de julho, Vítor Proença, explicou que as condições do rio “quando a maré está baixa ou quando vaza ou enche” dão uma “má imagem para o turismo”, além de “pragas e mosquitos” poderem “pôr em causa a saúde das pessoas”.

Esta obra de requalificação é também importante para a natureza, meio ambiente e meio aquático”, vincou, apontando, por outro lado, que a navegabilidade “está cada vez mais difícil devido ao assoreamento do rio”.

No comunicado, a autarquia recorda que estas intervenções “são uma competência do Ministério do Ambiente”, tendo o município alertado a APA “para a necessidade urgente de desassoreamento de troços do Sado“.

O rio Sado encontra-se “fortemente assoreado com largos prejuízos para meio ambiente, paisagem urbana, navegabilidade e turismo“, concluiu.