Realizar um split de acções é uma operação a que algumas empresas recorrem quando os responsáveis entendem que o seu valor nominal fica tão elevado que impede potenciais investidores com menores posses de aceder aos títulos. Daí que quando as acções da Tesla foram cotadas a 1475 dólares, em Agosto de 2020, a marca tenha optado por avançar com um split de 5 por 1, em que cada accionista recebeu quatro títulos por cada um que possuía, potencialmente reduzindo o valor para um quinto. Cerca de dois anos depois, a empresa liderada por Elon Musk volta a recorrer à mesma solução.

A 23 de Agosto deste ano, quando as acções eram transacionadas a 891 dólares, a Tesla realizou novo split, desta vez 3 por 1, com os títulos a valer no dia seguinte 297 dólares. Depois desencadeou-se a habitual montanha-russa, com uma subida para 360 dólares seguida de uma descida para 284 dólares, a que encerrou hoje.

Apesar do ambiente económico não ser o ideal, com a guerra na Ucrânia por um lado e a pandemia por outro, a realidade é que o construtor de veículos eléctricos norte-americano continua a ter uma capitalização bolsista de 897,33 mil milhões de dólares, o que o continua a colocar (folgadamente) como a marca de automóveis mais valiosa do mercado. E isto não é determinado pelo fabricante e muito menos pelas autoridades ou pela banca, uma vez que são apenas os accionistas que investem (e a sua crença no futuro da empresa) a ter a palavra.

Com 897 mil milhões de dólares de capitalização bolsista, a Tesla continua a liderar sobre a Toyota, o maior construtor do mundo, com uma valorização de 245 mil milhões de dólares, enquanto o Grupo Volkwagem vale cerca de 85 mil milhões e a Stellantis 42 mil milhões.

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