A Roma foi a Turim no fim de semana, para aquele que foi o primeiro grande teste da temporada, e saiu do confronto com a Juventus com um empate que acabou por ser algo lisonjeiro para a equipa de José Mourinho face à superioridade demonstrada pelos bianconeri em praticamente todo o jogo. Ainda assim, aquele foi o primeiro tropeção da Roma, que se manteve invencível e integrada num lote alargado de equipas com sete pontos na Serie A.

Contudo, nem tudo foram boas notícias. Logo após o apito final, Mourinho não escondeu o desagrado com a exibição da equipa, principalmente na primeira parte, e explicou a conversa que teve com os jogadores no balneário ao intervalo. “Fui muito sincero, disse que tive vergonha deles. Não se tratou de um problema tático, foi de atitude. Não podemos vir a este estádio jogar assim. Lembro-me de dizer ao Salvador Foti [treinador adjunto] para ele rezar para que ao intervalo estivesse só 0-1, porque era um resultado fantástico para nós. Na segunda parte foi diferente e merecemos o empate”, atirou o técnico português, que acabou por ver Tammy Abraham garantir a igualdade depois do golo inaugural de Vlahovic de livre direto.

Mourinho tinha mesmo razão: Dybala não precisa de grandes conselhos (ou como a Roma empatou com a Juventus em Turim)

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Nos dias seguintes, Mourinho recebeu um brinde. Nesta que é a última semana do mercado de transferências, a Roma anunciou a contratação de Andrea Belotti, avançado internacional italiano que chegou a custo zero depois de ter terminado contrato com o Torino, e também de Mady Camara, médio do Olympiacos que surge como solução para a azarada lesão de Wijnaldum, que foi emprestado pelo PSG já este verão.

Assim, esta terça-feira, a Roma voltava a entrar em campo e recebia no Olímpico o aparentemente acessível Monza, que levava três derrotas em três jornadas da Serie A. Mourinho fazia algumas alterações face ao onze inicial que defrontou a Juventus, trocando Smalling por Kumbulla no trio defensivo e substituindo também os responsáveis pelos corredores, saindo Spinazzola e Karsdorp para entrarem Çelik e Zalewski. Dybala, Pellegrini e Abraham eram os homens mais adiantados, com Belotti a aparecer já no banco. Do outro lado, o internacional Sub-21 português Dany Mota era suplente.

De forma bastante pragmática, a Roma deixou o jogo praticamente decidido logo na primeira parte. Dybala inaugurou o marcador ainda dentro dos 20 minutos iniciais, aproveitando uma assistência de Abraham de cabeça para rematar rasteiro à saída do guarda-redes e estrear-se a marcar pelos giallorossi (18′), e bisou pouco depois, numa recarga a um primeiro remate do avançado inglês (32′). Já na segunda parte, à passagem da hora de jogo, Ibañez apareceu na grande área a responder a um canto cobrado na esquerda e cabeceou para aumentar a vantagem e fechar as contas (61′).

Depois do empate em Turim, a Roma voltou às vitórias e somou o terceiro triunfo na Serie A, mantendo-se sem derrotas e a um nível exibicional alto. Mourinho foi buscar a sua jóia, Paulo Dybala, e a Roma já brilha à luz do avançado argentino.