As obras de requalificação de sete salas do bloco operatório do hospital do Funchal, que representam um investimento superior a 2,7 milhões de euros, devem estar concluídas até ao final de novembro, anunciou esta quinta-feira o Governo da Madeira.

As obras de requalificação do bloco operatório do Hospital Dr. Nélio Mendonça estão em vias de conclusão”, disse o secretário regional da Saúde, adiantando que devem estar finalizadas “no final de novembro”.

Pedro Ramos falava numa visita às obras de requalificação destas salas, um projeto que representa um investimento de 2,776 milhões de euros, com o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino.

O responsável explicou que este projeto “inclui toda a mudança na área dos pavimentos, revestimentos, equipamentos”, visando “equipar estas sete salas do bloco operatório de condições adequadas”.

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“Temos as sete salas em condições para durante os próximos anos, enquanto o novo hospital não estiver pronto, garantir a segurança, o mesmo rigor e a mesma responsabilidade”, salientou Pedro Ramos.

O secretário regional destacou as alterações que têm sido efetuadas no Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram), enfatizando os bons “resultados obtidos” com a parceria feita com as unidades privadas para a realização de cirurgias.

No primeiro semestre temos mais de mil cirurgias realizadas, por estarmos a operar fora do Nélio Mendonça, nas unidades privadas, aproveitando a robustez do Sistema Regional de Saúde. Estamos muito satisfeitos com isso”, sublinhou.

Para Pedro Ramos, esta “é uma experiência que está a ser muito agradável no que diz respeito a futuros protocolos e parcerias de colaboração com as unidades privadas”.

O governante indicou que a requalificação do bloco operatório vem “aumentar a capacidade” para a realização de cirurgias, “com estas salas a funcionar em pleno e mais as quatro de cirurgia de ambulatório”, que são “muito bem equipadas”.

“A partir de novembro deste ano, aquilo que se pretende é, com as sete salas reabilitadas e as quatro salas do bloco ambulatório, passarmos dos 20% de utilização para 60%-70% de utilização”, indicou, referindo-se ao ambulatório.

Pedro Ramos considerou ser uma medida “extremamente importante em termos de gestão, eficiência e redução de custos, porque quantas mais cirurgias forem feitas sem necessidade de internamento, mais se reduz os custos, as infeções, mantendo-se a mesma segurança e qualidade”.

A maior parte das especialidades cirúrgicas hoje têm procedimentos que podem ser feitos em ambulatório e isso vai ser realizado em pleno no Hospital Dr. Nélio Mendonça”, declarou.

O responsável ainda assegurou que a Madeira tem “recursos humanos suficientes”, recordando que vai ser aberto um concurso para a contratação de mais 80 enfermeiros.

Rui Fino complementou que este projeto de requalificação está a decorrer sem qualquer atraso, depois de ter sido iniciado em maio/junho.

“O Hospital Dr. Nélio Mendonça está ao serviço há cerca de 50 anos e este tipo de reabilitações são necessárias”, sustentou.