Jared Kushner, genro de Donald Trump, continua a digressão para divulgar o seu novo livro, um conjunto de memórias sobre o tempo que passou na Casa Branca, durante a administração Trump/Pence.

Em entrevista à Sky News, falou mais sobre o sogro do que sobre as memórias que tem do tempo que passou na Casa Branca enquanto conselheiro sénior, onde teve um papel na área das relações internacionais, nomeadamente no contacto com o Médio Oriente. Foram abordados temas como as eleições presidenciais de 2020, o ataque ao Capitólio ou ainda os possíveis planos para uma recandidatura de Trump à Casa Branca. Também as recentes buscas do FBI a Mar-a-Lago, resort do empresário americano, não ficaram de fora da lista de temas.

“A economia estava a correr bem. Ele preencheu o buraco económico que foi causado pela Covid-19. Ele tirou-nos de lá com uma vacina. E, mais uma vez, tínhamos paz na Europa, paz no mundo. A China estava na defensiva”, partilhou durante a entrevista.

E agora temos uma guerra na Ucrânia com a Rússia – isso nunca teria acontecido [com Trump na Casa Branca]”, avançou durante a entrevista. Em relação ao processo eleitoral de 2020 – que Trump alegou que não teria sido transparente – Jared Kushner classificou o processo como “trapalhão”, dizendo que acha “que os democratas mudaram muitas regras à última da hora devido à Covid-19”.

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Nas eleições de 2020, feitas durante o primeiro ano da pandemia, foi possível votar através do correio para tentar evitar maiores números de infeção. Os republicanos levantaram dúvidas sobre o processo de voto através do correio.

Já sobre se Trump estará efetivamente a pensar numa recandidatura, Kushner disse na entrevista que, “com Trump, é difícil excluir alguma coisa”, acrescentando que o sogro está “obviamente a pensar” nisso. “É um pensador muito flexível”. “Ele odeia ver o que se está a passar com o país.”

Em relação às buscas a Mar-a-Lago, Kushner referiu que “tem visto muitas alegações feitas nos media ao longo dos seus quatro anos [na Casa Branca] que se revelaram não ser verdade”. Em jeito de defesa do sogro, Kushner disse “que não pensa que se deva responder com questões hipotéticas”. “Vamos esperar até ver os factos. E depois veremos qual é o caminho certo.”

Esta sexta-feira foi tornada pública a lista de documentos obtidos pelo FBI durante as buscas a Mar-a-Lago, onde foram recuperados mais de 10 mil documentos do governo norte-americano.

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