O tenista norueguês Casper Ruud manteve hoje intacta a possibilidade de lutar pelo topo do ranking ATP, ao apurar-se para as meias-finais do Open dos Estados Unidos, em Nova Iorque, com uma vitória diante o italiano Matteo Berrettini.

Numa jornada em que o português João Sousa foi eliminado nos pares, o atual número sete do mundo precisou de apenas três sets, com os parciais de 6-1, 6-4 e 7-6 (7-4), para derrotar o transalpino (14.ª ATP) e apurar-se, pela primeira vez, para a penúltima eliminatória do quarto e último “major” da temporada.

Depois da vantagem confortável de 6-1 e 5-1, o tenista natural de Oslo viu Berrettini, semifinalista em Flushing Meadows em 2019, elevar o nível e fazer o break no segundo jogo da terceira partida para ficar 4-1, mas travou a recuperação do adversário no tie-break, ao fim de duas horas e 36 minutos.

Foi o melhor início de encontro que poderia imaginar. Correu-me tudo bem, consegui bater de todas as posições e, ao mesmo tempo, o Matteo talvez não tenha servido tão bem como é habitual. Fui capaz de aproveitar as minhas chances”, reconheceu o escandinavo, que nunca havia ultrapassado a terceira ronda do torneio norte-americano.

Graças ao triunfo nos quartos de final, Casper Ruud continua na corrida pelo primeiro lugar da hierarquia ATP com o espanhol Carlos Alcaraz, depois do russo Daniil Medvedev e o maiorquino Rafael Nadal terem sido eliminados nos oitavos de final.

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No encontro de acesso à final, o norueguês terá como adversário o vencedor do duelo entre o australiano Nick Kyrgios, carrasco de Medvedev, e o russo Karen Khachanov, que bateu em cinco sets o espanhol Pablo Carreño Busta.

No quadro de pares, o percurso do português João Sousa em Nova Iorque terminou, pela terceira vez na carreira, nos quartos de final, após a derrota ao lado do brasileiro Marcelo Demoliner frente ao neerlandês Wesley Koolhof e o britânico Neal Skupski, segundos cabeças de série, por 6-3 e 6-1, em uma hora e dois minutos.

Consumada a despedida do vimaranense, que havia disputado a antepenúltima fase da prova em 2015 e 2019, na companhia do argentino Leonardo Mayer, Portugal ficou sem nenhum representante nacional no torneio, uma vez que Nuno Borges também foi afastado na segunda ronda de singulares, tal como Sousa, antes de perder na segunda eliminatória de pares ao lado de Francisco Cabral.

Na competição feminina, a tunisina Ons Jabeur, quinta colocada no ‘ranking’ WTA, voltou a fazer história na metrópole nova-iorquina, ao garantir a estreia nas meias-finais com uma vitória sobre a australiana Ajla Tomljanovic (46.ª WTA), pelos parciais de 6-4 e 7-6 (7-4).

Depois de se tornar na primeira tenista africana a atingir o “top 8” em Nova Iorque desde 1998, e a primeira árabe a alcançar tal feito, a vice-campeã de Wimbledon afastou a responsável pela derrota de Serena Williams na terceira ronda para marcar duelo com a vencedora do desafio entre a norte-americana Coco Gauff (12.ª) e a francesa Caroline Garcia (17.ª) e tornar-se na primeira africana nas ‘meias’ em Flushing Meadows.

Ons Jabeur foi a primeira jogadora da Tunísia e África a conquistar um título WTA 1.000 (Madrid) e a primeira mulher árabe a atingir as meias-finais e final de um torneio do ‘Grand Slam’, feito que alcançou em Wimbledon.