O presidente do PSD felicitou esta terça-feira o antigo ministro do Ultramar durante a ditadura e presidente centrista em democracia Adriano Moreira pelo 100.º aniversário e destacou a “invulgar lealdade, tolerância e espírito democrático”.

Endereço ao professor Adriano Moreira, à sua família e ao CDS, uma palavra amiga de felicitações neste dia especial de aniversário. No PSD nutrimos por ele um enorme respeito político, intelectual e académico“, escreveu Luís Montenegro na rede social Twitter.

O dirigente social-democrata destacou também três características de Adriano Moreira: Uma “invulgar lealdade, tolerância e espírito democrático.”

Ultramar no período da ditadura e antigo presidente do CDS democracia, completa esta terça-feira 100 anos e é o político com a maior longevidade da história democrática portuguesa.

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Condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões, Adriano Moreira destacou-se não só como estadista e político, mas também como professor universitário e pensador em matérias de Relações Internacionais e de Educação.

Ex-membro do Conselho de Estado indicado pelo CDS-PP, Adriano Moreira teve um percurso académico e político dividido entre dois regimes, tendo sido ministro do Ultramar no Estado Novo, de 1961 a 1963, e presidente do Centro Democrático e Social (CDS) em democracia, de 1986 a 1988.

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Professor universitário com dezenas de obras publicadas, fortemente ligado ao atual Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), que dirigiu e ajudou a reformar antes do 25 de Abril, foi também deputado, entre 1980 e 1995, e vice-presidente da Assembleia da República no seu último mandato parlamentar.

Adriano José Alves Moreira nasceu em Grijó, Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, em 06 de setembro de 1922, filho de António José Moreira, que foi subchefe da Polícia de Segurança Pública (PSP) no porto de Lisboa, e de Leopoldina do Céu Alves.

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Após o 25 de Abril de 1974, foi saneado das funções oficiais e esteve exilado no Brasil, onde foi professor na Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Em 1980, regressou à política ativa, como candidato a deputado nas listas da Aliança Democrática (AD). Filiou-se no CDS, que acabaria por liderar, entre 1986 e 1988, e continuou deputado até 1995.

Em 2014, Adriano Moreira foi uma das 70 personalidades que defenderam a reestruturação da dívida pública como única saída para a crise.