Um recluso do Estabelecimento Prisional de Alcoentre necessitou de ser operado após regressar à cadeia de uma saída precária com quase meio quilo de haxixe no estômago, disse esta terça-feira à Lusa fonte do sistema prisional.

Segundo a mesma fonte, o recluso de 38 anos regressou em 23 de agosto à prisão de Alcoentre depois de uma saída precária e dias depois queixou-se de problemas digestivos, tendo sido levado às urgências do hospital de Santarém e mais tarde transferido para Lisboa, onde foi sujeito a intervenção cirúrgica.

A fonte precisou que o recluso tinha no organismo 38 bolotas de haxixe com um peso aproximado de 420 gramas.

Em resposta à Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) confirmou o caso, referindo que, “no âmbito do trabalho quotidiano de prevenção e combate à entrada e circulação de produtos e bens ilícitos em contexto prisional”, houve a suspeita de que um recluso, no momento do regresso a Alcoentre, “poderia estar a tentar introduzir no Estabelecimento Prisional de Alcoentre” droga dissimulada no organismo.

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Segundo a DGRSP, o recluso foi levado ao hospital para fazer “exames radiológicos que confirmaram as suspeitas, tendo havido necessidade clínica de intervenção cirúrgica para extração de produtos que se presumem estupefacientes”.

A DGRSP refere que “o produto retirado do organismo do recluso foi encaminhado para o laboratório da Polícia Judiciária e feitas as comunicações devidas ao tribunal”, sem confirmar que se trata de haxixe.

A DGRSP indica ainda que o recluso se encontra clinicamente bem e a recuperar da intervenção cirúrgica.