O Bloco de Esquerda (BE) quer travar a venda a privados do edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Aveiro, e defende a sua utilização pública, eventualmente com serviços da autarquia, informou esta quarta-feira fonte partidária.

Em comunicado, o BE refere que, “numa altura em que o banco público meteu o edifício à venda por 3,4 milhões de euros”, pretende apresentar na Assembleia Municipal de Aveiro uma moção para defender uma “solução pública para o edifício da CGD Aveiro”.

Com a iniciativa, o Bloco de Esquerda pretende igualmente contrariar a intenção da Câmara de Aveiro de desativar a atual Escola Secundária Homem Cristo, o primeiro edifício a ser construído no país para liceu, no século XIX.

A autarquia já se prontificou a construir novas instalações para a Escola Homem Cristo, em contrapartida de poder ocupar o imóvel com os seus serviços, situado na Praça da República, contíguo aos Paços do Concelho.

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Na moção “Por uma solução pública para o edifício da Caixa Geral de Depósitos em Aveiro”, a apresentar à Assembleia Municipal, “o Bloco propõe uma alternativa com o aproveitamento do edifício da CGD para acolhimento de serviços públicos, nomeadamente municipais”.

A moção do BE defende que “o edifício da Caixa Geral de Depósitos sito na Rua do Clube dos Galitos, Aveiro, não seja vendido”, e que “se procure junto do Governo e do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos uma solução pública para o referido edifício, seja para albergar serviços municipais, ou outros serviços públicos, ou de interesse público”.

“O património imobiliário público, especialmente em áreas de grande pressão imobiliária, deve ser preservado e gerido de forma a contrabalançar práticas de especulação imobiliária”, conclui o BE.