Moçambique e União Europeia (UE) celebraram esta quinta-feira o “sucesso” da parceria entre as duas partes, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana, Verónica Macamo, em Maputo, ao lado do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Foi realçado o sucesso da nossa parceria que resulta de um diálogo regular, abrangente e equilibrado”, referiu a governante, no final de um encontro entre o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança europeia e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

“As relações são excelentes” e a relação “robusta e duradoura”, disse, em jeito de balanço.

O encontro marcou o início da visita de dois dias de Borrell a Moçambique.

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Como maior recetor per capita da ajuda europeia em África, Moçambique tem vários dossiês abertos com Bruxelas, que foram revistos, com destaque para Cabo Delgado.

Borrell anunciou esta quinta-feira um apoio adicional de 15 milhões de euros para a missão militar africana em Cabo Delgado, palco de conflitos armados há cinco anos, e disse que espera vir a apoiar também o contingente do Ruanda.

Segundo Verónica Macamo, foram analisados “os últimos desenvolvimentos” acerca do conflito e Borrell lamentou as seis mortes provocadas desde sábado na mais recente vaga de ataques armados no norte do país, entre as quais, a morte de uma missionária italiana.

Ataques em Moçambique. Seis mortes desde sábado e combates em curso

Na ocasião, acrescentou que a solução para a paz não é apenas militar, mas deve assentar também na promoção do desenvolvimento e bem-estar da população, áreas que a UE também apoia.

A UE está a treinar militares moçambicanos para combater em Cabo Delgado e, na sexta-feira, Borrell vai testemunhar a entrega de equipamento a essas forças já formadas para avançar para o norte do país.