O ministro da Economia, António Costa Silva, aponta a um recorde de receitas no setor do turismo já este ano. Numa aula na Academia Socialista, promovida pelo PS, o ministro com a pasta económica diz que “tal como avancei há meses, este ano Portugal vai bater o recorde no turismo, superando o ano de 2019“, acrescentando ainda que esse recorde “vai ser alcançado antes de 2023 ou 2024 como alguns apontavam”. Ainda assim, Costa Silva alerta para um “abrandamento da economia até ao final do ano”, depois do país ter registado um crescimento homólogo de 7,1% no segundo trimestre do ano (mas uma estagnação em cadeia).

António Costa e Silva admite que o crescimento do país este ano está ainda a beneficiar do que ano de 2021, mas destaca que Portugal foi o país que mais cresceu dentro da União Europeia no primeiro trimestre e destaca o crescimento homólogo no segundo, antes de alertar para um “abrandamento” provocado pelos efeitos da inflação. Ainda assim, numa crítica à “galáxia mediática negativa” que existe em Portugal, o ministro da Economia diz que “os números da economia podem surpreender e revelam a tendência de subestimar as potencialidades” do país.

Com o turismo como ponta de lança deste crescimento, Costa Silva salienta os mercados dos Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido e Alemanha como aqueles em que Portugal está a conquistar mais público e avisa ainda que “não se pode aceitar o preconceito contra o turismo”, defendendo até que “é preciso replicar a excelência deste setor noutras áreas”, para que Portugal “consiga criar mais motores de desenvolvimento económico”.

Costa Silva quer “um país que não continue assente num modelo de baixos salários” e, para isso, defende “a aposta na inovação tecnológica, que através do Plano de Recuperação e Resiliência pode mudar o perfil produtivo da economia portuguesa”, como a aposta na produção de semicondutores ou no tratamento de dados.

O ministro que também tem a tutela do mar confessou mais uma vez ser um “apaixonado pelo planeta” e defende que o crescimento económico “não pode transigir na proteção dos ecossistemas”. António Costa Silva aponta “a questão da água como decisiva” e diz que o mar pode ser o elemento de resposta “a uma futura crise alimentar que pode surgir no mundo”.

Numa aula na Academia Socialista, que decorre até domingo na Batalha, o ministro da Economia assumiu como primeira prioridade “combater a desigualdade” apontando o pacote de apoio às famílias como mais um mecanismo para esse combate, procurando entusiasmar os jovens socialistas “para a construção de um caminho diferente para o futuro”.

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