A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de cinco homens, entre os 19 e os 33 anos, sobre os quais recaem “fortes indícios” do crime de homicídio qualificado de outro homem, de 31 anos, em Setúbal. Um deles ficou em prisão preventiva.

Em comunicado, a PJ indicou que os cinco suspeitos foram identificados, localizados e detidos, fora de flagrante delito, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, em colaboração com a Divisão Policial de Setúbal da PSP.

A polícia de investigação criminal disse existirem “fortes indícios”, acerca dos suspeitos, “da prática de um crime de homicídio qualificado, na forma consumada, de um homem 31 anos de idade”.

Segundo a PJ, “os factos foram praticados, pouco depois da 01:30” desta sexta-feira, “no interior de um espaço de diversão noturna da cidade de Setúbal”.

Neste local, “os agressores, num primeiro momento, agrediram a vítima com murros, pontapés e garrafas e, num segundo momento, esfaquearam-na no tórax e abdómen, causando-lhe a morte”, pode ler-se no comunicado.

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Fonte policial contactada pela agência Lusa confirmou que os cinco homens detidos são os suspeitos do homicídio de um músico num bar de Setúbal, noticiado hoje pelo jornal Correio da Manhã.

Segundo o jornal, o músico “Fábio Abenta, 31 anos, vocalista de uma banda de metal, foi morto à facada ao tentar impedir abusos a mulher no bar onde trabalhava”.

A PJ revelou hoje, no comunicado, que os detidos pertencem todos à mesma família e, “ao que tudo indica, atuaram por motivos completamente fúteis e movidos por um espírito de vingança, sustentados na sua superioridade numérica e nos laços familiares que os unem”.

O Tribunal de Setúbal determinou depois a prisão preventiva de um dos cinco homens.

Segundo revelou o Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal, ao qual os cinco suspeitos foram presentes a primeiro interrogatório judicial,  só um dos arguidos é que ficou com a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.

Os outros quatro arguidos ficaram obrigados a apresentações periódicas no posto policial da área de residência e proibidos de frequentar o estabelecimento noturno onde terá ocorrido o homicídio, assim como outros estabelecimentos semelhantes.

O juiz de instrução criminal aplicou ainda como medidas de coação a estes quatro homens a proibição de se ausentarem da comarca e de terem contacto com outros intervenientes no processo.

De acordo com o tribunal, as medidas de coação foram aplicadas por se ter entendido que se verificava uma situação de alarme social e de perturbação do inquérito.