O Programa Operacional de Lisboa (POR Lisboa 2020) já financiou com mais de 40 milhões de euros cerca de 70 projetos de mobilidade urbana na Área Metropolitana de Lisboa (AML), que representaram um investimento global de 76,4 milhões de euros.

Num balanço, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) revelou esta quinta-feira que o POR Lisboa 2020 apoiou com 43.488.478 euros mais de 70 projetos de Mobilidade Urbana Sustentável, que representam cerca de 50% de um investimento global de 76,4 milhões de euros, com o objetivo de ajudar no cumprimento das metas climáticas, nomeadamente através da criação de vias pedonais e ciclovias, interfaces de transporte, modernização de sistemas de bilhética e promoção da utilização dos transportes públicos.

“É preciso dotar as nossas cidades de meios e infraestruturas para que a transição sustentável seja uma realidade. Existe a necessidade de reduzir a procura dos transportes privados, aumentar os espaços para peões e ciclovias e promover as soluções energéticas menos poluentes, que nos ajudem na transição para uma economia de baixo carbono”, salientou Teresa Almeida, presidente da CCDR-LVT e gestora do POR Lisboa 2020, salientando que estes apoios representam “um passo significativo para esta realidade”, que continuará a ser desenvolvida no próximo programa até 2027.

Entre os projetos apoiados, o POR Lisboa 2020 contribuiu para o Sistema de Bilhética e Informação da AML, incluindo o novo sistema de bilhética intermodal e de informação aos passageiros com base em dados em tempo real, que traz “benefícios claros em termos do incentivo à utilização dos transportes, ganhos de tempo e redução da pegada ambiental”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Este projeto, considerado “estruturante para a mobilidade” na AML, contou com um investimento de 7,9 milhões de euros, dos quais cerca de 4 milhões de euros foram apoiados no âmbito do programa.

Entre os projetos apoiados nesta área pelo programa regional está também a construção do Parque Intermodal da Ericeira, com a introdução de um sistema de vaivém através de miniautocarros, num investimento de 1,9 milhões de euros, com um apoio de 1,1 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), de “modo a dar resposta ao escasso estacionamento para viaturas ligeiras” na vila, uma situação que é considerada “caótica” no verão, “o que constitui um sério fator de desencorajamento à frequência balnear, comercial e turística da Ericeira e por consequência ao seu desenvolvimento económico e ambiental”.

Mais de 2,7 milhões de euros (de um investimento de 4,5 milhões de euros) financiaram o Interface de Setúbal, com a construção de um parque de estacionamento para 117 viaturas ligeiras, em articulação com o projeto do terminal rodoviário com espaço para estacionamento de 14 autocarros.

A Ciclovia Empresarial, entre a estação de caminho-de-ferro de Paço de Arcos (Oeiras) e os Parques Empresariais da Quinta da Fonte e Lagoas Parque (um investimento de 1,4 milhões de euros, ao qual correspondeu um apoio FEDER de mais de 1,3 MEuro), e a Rede Ciclável dos eixos Agualva-Queluz (Sintra), incluindo o troço de mais de três quilómetros de Massamá a Queluz Belas, num investimento elegível de 2,5 milhões de euros, ao qual correspondeu um apoio do FEDER de 1,3 milhões de euros, foram outros projetos contemplados.

Foram ainda apoiadas a criação de “zonas 30” no Centro Histórico de Odivelas (1 milhões de euros com apoio FEDER de 605.532 euros), a criação de corredor dedicado ao Transporte Público, (Corredor BUS) e aos modos suaves na Avenida 1º de Maio, no Vale da Amoreira, na Moita (1,8 milhões de euros com um apoio FEDER de 945.142 euros), a requalificação da ciclovia/percurso pedonal na Estrada Nacional 10, na Póvoa de Santa Iria, Forte da Casa e Alverca do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira, (investimento de 5,5 milhões de euros e um apoio FEDER de 3.058.203 euros), a rede ciclável de Lisboa (7,8 milhões de euros e um apoio de 4,4 milhões de euros do POR Lisboa 2020) e a rede ciclável estruturante no concelho de Cascais (2,8 milhões de euros e um apoio FEDER de 1,5 milhões de euros).

O POR Lisboa 2020 dispõe de uma dotação global de 817.080.783,00 euros, dos quais 622.627.637,00 euros são do FEDER e 194.453.146,00 euros são do Fundo Social Europeu (FSE).