O Dune Taxi, o novo buggy eléctrico da BMW, tem tudo para poder representar o construtor alemão em competições como o Extreme E ou até o Dakar para, por exemplo, enfrentar o rival directo da Audi, o RS Q e-tron E2. Contudo, a BMW não confirma a ambição de entrar em competição com este modelo. Pelo menos, a curto prazo.

Exteriormente, o Dune Taxi está alinhado com a nova imagem da BMW, da grelha enorme e vertical aos faróis muito finos, similares aos do actual iX, o SUV topo de gama do construtor. Como buggy que é, nota-se o chassi tubular e as suspensões de curso muito longo, mas a carroçaria tem um aspecto convencional, sem as preocupações aerodinâmicas que, por exemplo, o RS Q e-tron E2 revela.

E potencial não falta ao Dune Taxi, que parece sentir-se bastante à-vontade nas imensas dunas de areia e em estradas de terra, muito mais do que acontece em asfalto, devido aos pneus utilizados e à regulação da suspensão. O buggy interage com outros modelos da BMW, sempre de forma espectacular, antes de enfrentar a duna Tal Moreeb, a maior entre as conhecidas, com mais de 300 metros de altura.

O Dune Taxi partilha o chassi e a mecânica com o Odyssey 21, o protótipo que serviu de base ao modelo utilizado no campeonato Extreme E. Isto significa que monta dois motores, um por eixo, com um total de 544 cv e 1000 Nm de binário. A BMW defende-se, afirmando que é um projecto especial de que apenas se produziu um único exemplar, em relação ao qual não há planos para o futuro. Mas o mercado dá muitas voltas e, por vezes, a necessidade de experimentar motores eléctricos, baterias e sistemas de carga rápida leva os fabricantes a envolverem-se em competições que não tinham previsto.

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