Portugal saudou esta quarta-feira a abolição da pena de morte na Guiné Equatorial e comprometeu-se a pugnar pela “abolição universal e definitiva” desta prática, segundo uma mensagem do Ministério dos Negócios Estrangeiros português na rede social Twitter.

De acordo com esta mensagem, “após aprovação, assinatura e publicação do novo Código Penal”, a abolição significa que a Guiné Equatorial “honra o compromisso assumido quando aderiu à CPLP no sentido de abolir esta prática cruel”.

O MNE refere que “Portugal é firmemente contra a aplicação desta prática cruel, desumana e injustificada em qualquer lugar e em qualquer circunstância”.

E compromete-se, “enquanto convicto abolicionista”, a continuar a “pugnar, em todos os fóruns, pela abolição universal e definitiva da pena capital”.

O vice-presidente equato-guineense, Teodoro Nguema Obiang Mangue, anunciou esta segunda-feira na sua página na rede social Facebook que a “Guiné Equatorial aboliu a pena de morte”, considerando este como um passo “histórico” para o país.

A medida — divulgada a cerca de dois meses das eleições locais, legislativas e presidenciais — era reclamada interna e externamente há vários anos e foi prometida para “breve” pelo chefe de Estado equato-guineense no início de março último.

O compromisso de abolição da pena de morte constava do roteiro que a Guiné Equatorial, cujo regime é acusado por organizações internacionais de violação dos direitos humanos, se comprometeu a aplicar aquando da adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2014.

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