O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira que no encontro que teve com António Guterres lhe reiterou o apoio de Portugal às suas ações e prometeu continuar “voz ativa” em defesa das suas propostas como secretário-geral da ONU.

“No encontro que mantive com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiterei o apoio de Portugal às ações que tem levado a cabo para responder aos desafios atuais”, escreveu primeiro-ministro na sua conta na rede social Twitter.

“Continuaremos a ser uma voz ativa na defesa das propostas das Nações Unidas e do seu secretário-geral”, acrescentou António Costa.

O encontro realizou-se na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

António Costa chegou a Nova Iorque na segunda-feira para participar no debate geral da 77.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em que irá intervir hoje à tarde, já de noite em Portugal.

Será a sua terceira intervenção no debate geral anual entre chefes de Estado e de Governo dos 193 membros da ONU, em que participou em 2017 e em 2020 — nessa segunda vez não presencialmente, mas por videoconferência, devido à pandemia de Covid-19.

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O debate geral deste ano entre líderes mundiais é o primeiro desde que a Federação Russa invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, dando início a uma guerra que já leva quase sete meses.

Em Nova Iorque, tanto o primeiro-ministro como o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, têm mantido reuniões bilaterais para, entre outros objetivos, promover a candidatura de Portugal a um lugar de membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2027-2028.

A 77.ª sessão da Assembleia Geral da ONU tem como lema “Soluções por meio da solidariedade, sustentabilidade e ciência”. O tema do debate geral é “Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados”.

Nestes encontros anuais, tanto o primeiro-ministro como o Presidente da República têm reiterado a defesa do multilateralismo e das prioridades definidas pelo secretário-geral da ONU, o apoio à abolição universal da pena de morte e a uma reforma do Conselho de Segurança que inclua neste órgão um país africano, o Brasil e a Índia como membros permanentes.

António Costa foi eleito secretário-geral da ONU em 2016, proposto por Portugal, e iniciou o seu mandato a 1 de janeiro de 2017.

O antigo primeiro-ministro português foi reconduzido no cargo em 2021 e termina o seu segundo mandato de cinco anos à frente da ONU no fim de 2026.