A Câmara Municipal e o Comando Distrital da PSP de Viana do Castelo implementaram uma aplicação digital para georreferenciar a sinistralidade rodoviária e reduzir os impactos negativos dessas ocorrências na circulação do trânsito na cidade, foi esta sexta-feira divulgado.

Em comunicado, a autarquia explicou que “a aplicação foi criada pelos técnicos de Sistema de Informação Geográfica (SIG) da Câmara Municipal para georreferenciar, em tempo real, acidentes de forma a perceber-se melhor as suas causas para num futuro poder atuar no local e impedir a sinistralidade rodoviária ou mesmo para reduzir impactos negativos no fluxo de trânsito”.

Acontece um acidente, as forças de segurança chegam ao local e fazem a caracterização da ocorrência utilizando os equipamentos. Registam a informação e, em tempo real, o município recebe essa informação. Não precisamos de estar à espera de procedimentos administrativos, que podem demorar semanas”, destacou o presidente da Câmara Luís Nobre.

“O município fica a saber de cada ocorrência ligada à sinistralidade rodoviária na cidade, desde um acidente a um atropelamento numa passadeira. Ao sabermos o que aconteceu, em que circunstâncias e com que frequência mais rapidamente podemos atuar. A tendência é essa, evoluir para o princípio das cidades inteligentes”, sublinhou Luís Nobre.

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O presidente da Câmara, Luís Nobre, e o comandante da Polícia de Segurança Pública, Rui Conde, assinaram, na quinta-feira, o protocolo que formaliza a implementação das ferramentas tecnológicas que permitem resolver situações da sinistralidade rodoviária.

Foram entregues ao comandante da PSP, “quatro smartphones, dois computados portáteis, dois fixos, dois teclados e quatro impressoras para permitir agilização da aplicação criada”.

“Os equipamentos associados a este projeto são insignificantes relativamente aos ganhos e objetivos que pretendemos com eles e o que pode ser o crescimento das áreas a cuidar a incorporar no mesmo”, reforçou o autarca socialista.

Luís Nobre adiantou que o protocolo resulta da “união de vontades das duas entidades” e “não para colmatar nenhuma necessidade ou fragilidade da PSP”.

“É um projeto que fomos conversando, disponibilizando os serviços, quer os da Câmara quer os da PSP. Percebemos que se tivéssemos ferramentas associadas podíamos ser mais assertivos. Foi uma vontade de desenvolver um projeto e, em que ambas as partes estão disponíveis a operacionalizar”, explicou.

A “aplicação desenvolvida pela autarquia permite tipificar e georreferenciar os acidentes em tempo real de forma a poderem ser feitos ajustes e tomadas medidas para evitar situações futuras”.

O comandante da PSP, Rui Conde, sublinhou que “a troca de informação vai melhorar todo o sistema e criar uma relação de grande proximidade com a autarquia pela rapidez na chegada da informação”.

“O resultado direto deste sistema é a Câmara poder idealizar medidas no âmbito da sua competência de regularização e ordenamento de trânsito sem que tenha de ser a PSP a ter de comunicar“, sustentou

No futuro, segundo Rui Conde, indo ao encontro das metas da autarquia no âmbito das cidades inteligentes, este sistema poderá vir a ter outras aplicações.

“Se Viana do Castelo tivesse vários semáforos autonomizados ou sinais de trânsito passíveis de serem alterados, podia ser definida circulação alternativa através desta aplicação. É esse o futuro”, referiu o comandante.